Novo presidente do TJ será conhecido na quarta-feira

Na última sexta-feira o desembargador Paulo da Cunha cumpriu a determinação do CNJ e baixou ato de aposentadoria do então presidente da Corte, desembargar Mariano Travassos, dos desembargadores José Tadeu Cury e José Ferreira Leite, e dos juízes Marcelo Barros, Antônio Horácio da Silva Neto, Marco Aurélio Ferreira (filho de Ferreira Leite), Irênio Lima, Juanita Clait Duarte, Graciema Caravellas e Maria Cristina Simões. Todos foram aposentados, a bem do serviço público, com data retroativa a 25 de fevereiro.

No mesmo dia foi marcada a sessão para eleger o sucessor de Travassos, que vai governar o Poder Judiciário por menos de um ano. Serão três eleições em dois anos, já que em outubro próximo acontece a eleição ordinária para o próximo biênio, cuja posse acontece a cada dois anos, geralmente no primeiro dia de março.

O Regimento Interno veda a reeleição, mas permite que desembargadores que tenham cumprido mandato tampão de menos de um ano, como é o caso em questão, concorram novamente ao cargo. Esta possibilidade concreta, por um lado, estimula qualquer um dos desembargadores que ainda não ocuparam a presidência, mas, por outro lado, a crise institucional que abala o Judiciário neste momento tem sido o principal argumento dos que se recusam a concorrer.

O Tribunal de Justiça está dividido entre dois grupos políticos. De um lado, o desembargador afastado José Ferreira Leite e de outro o ex-presidente Paulo Lessa e o ex-corregedor geral de Justiça, Orlando Perri, que se tornou inimigo dos colegas depois que enviou as denúncias para o CNJ. Os dois grupos passaram o final de semana procurando o melhor nome para concorrer à presidência e a tendência é que eles sejam conhecidos nesta segunda. Antes da decisão do CNJ, os dois lados mantinham equilíbrio de forças no pleno do Tribunal de Justiça.