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Esportes
Quarta - 24 de Julho de 2013 às 16:27

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O Ministério do Esporte divulgou nota na tarde desta quarta-feira (24) para explicar a viagem que o ministro Aldo Rebelo fez a Cuba durante o Carnaval deste ano. Viajaram com Aldo, em um avião da FAB (F orça Aérea Brasileira), sua mulher e seu filho.


 
Na nota divulgada, o ministro alega que foi a Havana a trabalho, mas não explica o que seus parentes fizeram na ilha em pleno feriado.


 
A denúncia de que Aldo levou parentes num jato oficial foi publicada nesta quarta pelo jornal Folha de S. Paulo.


 
Na texto, o ministro diz: “não fui passear em Cuba. Fui trabalhar, como mostra a agenda. O ministro participou de reuniões com dirigentes, visitou centros de treinamentos e assinou acordos para a criação de grupos de trabalho que vão executar intercâmbio entre o Brasil e Cuba".


 
Segundo a reportagem, Aldo esteve em Havana em missão oficial e justificou a carona à mulher e ao filho dizendo que ambos também foram convidados pelo governo cubano. Entretanto, nenhum dos dois representou o governo brasileiro na missão.


 
A viagem serviu para o Ministério do Esporte acertar um intercâmbio de atletas entre os dois países, visando os jogos olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. Para viajar, o ministro recebeu diárias de R$ 1.776,25 do governo.


 
O grupo saiu de Brasília no sábado de Carnaval, dia 9, fez escala em Boa Vista (RR) e só voltou na Quarta-Feira de Cinzas, dia 13 de fevereiro.


 
O Ministério do Esporte disse que a viagem da mulher e do filho do ministro Aldo Rebelo a Cuba, em missão oficial, não gerou custos ao governo. Segundo a pasta, os dois foram convidados pelo governo de Cuba e cumpriram a programação "definida pelo protocolo cubano”.


 
O decreto 4.244/2002 diz que aviões da FAB só podem ser requisitados quando houver motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência da autoridade que solicita a viagem.


 
Farra dos jatos e helicópteros


 
No início do mês, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou por meio de nota oficial, que devolveria R$ 32 mil aos cofres públicos. O dinheiro é referente ao uso indevido de um avião da FAB, que partiu de Maceió (AL) para Porto Seguro, no sul da Bahia, no dia 15 de junho.    


 
Antes de Renan, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também usou um avião da FAB para fins pessoais. Ele partiu, ao lado de sete familiares, de Natal (RN) para o Rio de Janeiro (RJ) na sexta-feira que antecedeu a final entre Brasil e Espanha, no estádio do Maracanã, pela Copa das Confederações.    


 
O avião, que teria capacidade para 50 pessoas e estava com praticamente um quinto da capacidade, retornou a Natal domingo (30) à noite. Alves devolveu R$ 9.700 à União, dinheiro destinado ao ressarcimento ao uso indevido da aeronave da FAB.    


 
O ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB-RN), também aproveitou um jato da FAB (Força Aérea Brasileira) para ir ao jogo do Brasil na final da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro no domingo (30), no estádio do Maracanã.    


 
Na semana passada, a revista Veja denunciou o uso indevido de um helicóptero do Estado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. De acordo com a reportagem, Cabral utiliza a aeronave regularmente para viajar entre a capital fluminense e Mangaratiba, onde tem uma casa de praia.  


 
O governador usa o helicóptero para transportar a família, as babás, funcionários diversos e até o cachorro entre as duas localidades, segundo a Veja. Por mês, manter o helicóptero em funcionamento custa cerca de R$ 312 mil ao Estado.  


 
Segundo a Agência Estado, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, teria usado recursos da Corte para se deslocar de Brasília ao Rio de Janeiro no fim de semana de 2 de junho, quando assistiu ao jogo Brasil e Inglaterra no estádio do Maracanã.    


 
O STF negou o uso indevido e afirmou que Barbosa retornou para a sua residência no Rio de Janeiro, "como faz regularmente há mais de 10 anos, desde que empossado no Supremo".




Fonte: Do R7

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