Jayme acha ‘soberba’ de Maggi

Líder do DEM estadual, o senador Jayme Campos disse que a “soberba” do governador Blairo Maggi (PR) vai terminar quando ele deixar o comando do Estado, no dia 31 de março. A declaração do parlamentar foi uma resposta direta ao chefe do Executivo estadual, que na quinta-feira disse que não se pronunciaria sobre críticas que “vêm de baixo”. Ao tomar conhecimento das palavras de Maggi, Jayme retrucou: “Não sou nem mais nem menos do que ninguém. Ele vai descobrir que é igual a todos quando deixar o governo, porque isso é soberba. Eu e todos somos inferiores somente a Deus”, disparou.

Em clima de pré-campanha eleitoral, o senador não poupa as críticas dirigidas à administração estadual. Entretanto, alerta que sempre pontuou observações a respeito das ações do governo com o intuito de chamar a atenção e colaborar para a evolução dos trabalhos. O parlamentar lastimou a falta de percepção do governo para saber diferenciar críticas construtivas de questões relacionadas à campanha eleitoral.

Jayme destacou ainda que o DEM nem sequer deu início à pré-campanha para as Eleições 2010 – dando um claro recado sobre os avanços que o Democratas poderá ter no Estado após a deflagração do movimento. O senador, ao lado do presidente estadual do DEM, Oscar Ribeiro, vem articulando nos bastidores a aproximação de outras siglas para uma aliança com PSDB e PTB.

Ao analisar o desempenho da composição alinhavada entre o PR, PMDB e o PT, Jayme disse que o quadro desprestigia partidos como PP e PPS. “O que fico surpreso é que sempre se fala em PR, PMDB e o PT, mas excluíram PP e PPS”, ponderou. Com olhar atento às costuras políticas e com habilidade para conduzir alianças, o parlamentar aposta na possibilidade de DEM e PSDB atraírem PP e ainda com o PPS.

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado José Riva (PP) e o responsável pela direção do PPS de Mato Grosso, Percival Muniz, são simpáticos a uma eventual candidatura de Jayme ao governo.

Jayme acredita que o cenário atual poderá trazer bons resultados para o DEM, já que podem ocorrer mudanças no âmbito dos nomes que irão pleitear o comando do Estado. “Em política tudo é possível e muita água vai rolar debaixo da ponte. O DEM poderá ser o protagonista de uma forte aliança que conquistará a vitória”, acrescentou. Ele lembrou ainda que o partido aguarda o resultado das pesquisas eleitorais para definir o calendário de atos políticos para este ano.