Polícia investiga ação de grupo que incluía falsos funcionários na folha de pagamento
"Quadrilha" dá prejuízo de R$ 3 milhões à Câmara
A Polícia Legislativa da Câmara investiga esquema que pode ter desviado até R$ 3 milhões da Casa, segundo o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Até agora, 15 inquéritos foram abertos para apurar denúncias de grupo que tinha acesso ao departamento de Recursos Humanos e conseguia incluir nome de pessoas carentes como funcionários da Casa.
Além das denúncias do pagamento de salário a pessoas que não prestam serviço algum à Câmara, a Casa também investiga falsidade nas informações encaminhadas por servidores ao Recursos Humanos. Funcionários teriam apresentado comprovante de residência falso para obter R$ 480 em benefício relacionado ao vale-transporte.
O presidente da Câmara afirmou nesta quinta-feira (25) que há uma "verdadeira quadrilha" desviando recursos do legislativo.
- Nós estamos investigando isso há muito tempo. A gente sabe que a Polícia Legislativa começou a fazer investigações e já mandou mais de 15 ou 16 inquéritos concluídos para o Ministério Público Federal. Descobriu-se uma verdadeira quadrilha agindo dentro da Casa.
Temer também informou que a partir da segunda-feira (1º) a Câmara vai inaugurar o sistema de ponto eletrônico, para controlar a presença e o registro de horas extras dos servidores. O Senado iniciou o sistema de ponto no dia 1º de fevereiro, mas 19 senadores já pediram que seus funcionários não fossem submetidos à regra.
- A cobrança do ponto eletrônico é uma cobrança antiga. E nós estamos colocando o ponto eletrônico exatamente para evitar tantas irregularidades, como ausência.
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