Mortes no trânsito crescem 56,6% na Grande Cuiabá

O número de mortes no trânsito aumentou 56,6% nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Os dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) mostram que foram 188 vítimas fatais em 2009, o que representa 1 morte a cada 46 horas. Em 2008, o órgão registrou 152 óbitos em acidentes. Os homens, com idade entre 30 e 50 anos, são as maiores vítimas. Eles correspondem a 68,6% dos casos registrados.

A falta de respeito à legislação de trânsito também gerou 172.739 multas em Mato Grosso no ano passado. A estatística mostra as infrações mais cometidas no período. Entre elas está dirigir sem cinto de segurança (18.711), sem licenciamento regularizado (15.628), sem carteira de habilitação (14.072), falando ao celular (12.748) e estacionar em local proibido (10.624). Apenas os 5 itens mais frequentes são responsáveis por 71.783 autos de infração. O número representa 42% do total registrado.

O presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, diz que as multas mais comuns se repetem todos os anos e são causadas pela falta de atenção dos condutores. Já nos casos mais graves, como dirigir alcoolizado ou direção perigosa, a punição esbarra na morosidade dos processos de suspensão e cassação de carteiras de habilitação. Um processo, que tenha todos os prazos para defesa respeitados de acordo com a lei, demora até 5 anos para ser concluso.

Em 2009, foram formalizados no Detran 2.750 processos de suspensão. O procedimento é para as pessoas que atingiram pontos na carteira acima do permitido, que é 20, ou cometeram infrações graves como embriaguez ao volante.

Quando o condutor é pego pela Polícia dirigindo sob o efeito de álcool ele passa primeiro pela suspensão e, caso seja reincidente, a carteira é cassada. No ano passado, 44 pessoas tiveram a carteira de habilitação suspensa por somatória de pontos, 149 por infrações graves. Sessenta e dois processos foram arquivados, porque a prefeitura do município que emitiu a infração não tinha parceira com o Detran para efetuar a fiscalização.

Após ter a suspensão confirmada, o condutor perde o direito de dirigir por 12 meses e pode recuperar a habilitação depois de um curso de reciclagem.

Já os casos de cassação registrados no ano passado foram na maioria por dirigir com carteira de habilitação adquirida de maneira ilegal, o que inclui falsificações e também vícios na seleção.

Atualmente, 370 processos de cassação estão tramitando no Detran. No ano passado, 178 carteiras foram cassadas.