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Politica Brasil
Terça - 23 de Fevereiro de 2010 às 22:25

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O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, pediu um "pacto de governabilidade" no Distrito Federal depois da renúncia nesta terça-feira do governador em exercício Paulo Octávio (ex-DEM, sem partido).

Para o advogado, um pacto que reúna as "forças democráticas" pode livrar Brasília de práticas que a levaram ao descrédito político. "Ou se promove urgentemente um pacto de governabilidade ou o Distrito Federal estará fadado a se tornar o pior exemplo de política do país", afirmou.

Segundo o presidente da OAB, o Distrito Federal chegou a uma desordem política e institucional desde o surgimento das primeiras denúncias, em novembro, contra o governo de José Roberto Arruda (sem partido), que está preso na Polícia Federal. Para ele, a população de Brasília está em estado de choque.

Após se desfiliar do DEM, Paulo Octávio decidiu hoje renunciar ao cargo e à vice-governadoria. Com a renúncia, o presidente da Câmara Distrital, deputado Wilson Lima (PR), deve assumir o governo interino.

Na carta de renúncia, Paulo Octávio afirma que decidiu deixar o cargo por não ter apoio político suficiente para se sustentar no comando de Brasília. Em cinco páginas, ele diz que sempre teve o "sonho" de governar o DF, mas decidiu abrir mão de suas funções para "apaziguar os ânimos" depois da prisão de Arruda.

Paulo Octávio assumiu o governo no dia 11, quando Arruda foi preso e afastado do cargo por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele e Arruda são suspeitos de participar de um esquema de arrecadação e pagamento de propina no DF.

Na semana passada, Paulo Octávio irritou os deputados distritais e a cúpula do DEM ao ensaiar a renúncia e depois recuar. No discurso, Paulo Octávio ainda fez referências ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se manter no governo. Na avaliação do comando do DEM, ele assinou sua ficha de desfiliação ao citar o presidente.

Na ocasião, Paulo Octávio disse que permanecia no governo do Distrito Federal pelo menos até o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir sobre a intervenção no DF feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.






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