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Politica Brasil
Terça - 23 de Fevereiro de 2010 às 15:15
Por: Gabriela Guerreiro

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Após o PSDB do Paraná descartar a candidatura do senador Álvaro Dias (PR) ao governo do Estado, a cúpula do partido decidiu torná-lo líder da legenda no Senado a partir de maio.

Dias vai substituir Arthur Virgílio (AM) na liderança, que deixará o cargo após 11 anos para dedicar-se à campanha à reeleição para o Legislativo. Como Dias não deve disputar as eleições de outubro, já que tem mandato na Casa até 2014, os tucanos o designaram para a liderança.

"É fundamental que o líder não seja candidato. O senador Álvaro Dias vai assumir a liderança a partir de maio, já que em junho teremos as convenções partidárias para definir as candidaturas", disse Virgílio.

A Folha Online apurou que Dias foi pressionado pela cúpula tucana para assumir a liderança depois que o PSDB escolheu o prefeito de Curitiba, Beto Richa, para disputar o governo do Paraná. Até maio, Dias teria tempo para solucionar impasses estaduais dentro do partido para assumir as funções no Senado. Em junho, também serão realizadas as convenções partidárias para a escolha dos candidatos.

Em ano eleitoral, o PSDB avalia que o líder precisa estar presente na Casa, e não em campanha nos Estados. Dias, porém, ficou irritado com a postura do partido no Paraná e evitou comentar a sua escolha para a liderança.

Ontem, o diretório do PSDB no Paraná indicou Richa como pré-candidato do partido ao governo estadual. A indicação de Richa recebeu 41 votos entre os 43 presentes na reunião.

Dias, que não compareceu à escolha, disse que a indicação de Richa é ilegal, já que pela Justiça Eleitoral apenas a convenção partidária, prevista para junho, é válida. "Foi uma desonestidade política. O diretório no Paraná não passa de um comitê eleitoral de Richa", afirmou o senador à Folha.

"Não existe qualquer ilegalidade", respondeu Richa. "Existe consenso de que o partido precisava definir um candidato para buscarmos alianças. Era um anseio de militantes. Para ser candidato, o prefeito terá que deixar a administração de Curitiba até 3 de abril. Em seu lugar assumirá Luciano Ducci (PSB).

Segundo reportagem da Folha, a decisão do PSDB em indicar Richa foi recebida com euforia no diretório do PDT-PR. Com a indicação, o senador Osmar Dias --pré-candidato do PDT ao governo-- passa agora a contar com o apoio explícito do irmão Álvaro Dias.

A indicação de Richa abre ainda a possibilidade de Osmar Dias fechar aliança com o PT. Osmar acusa o tucano de trair um acordo feito na época da reeleição para a Prefeitura de Curitiba. Segundo ele, Richa seria apoiado, como foi, por Osmar e retribuiria o apoio para a disputa do governo. O tucano nega ter feito o acordo.






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