Mensalão do DEM: ministro do STF nega liberdade a ex-deputado
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de liberdade do ex-deputado distrital Geraldo Naves, preso desde o último dia 12. Ele é acusado de envolvimento na tentativa de suborno contra o jornalista Edson Sombra, com objetivo de atrapalhar a investigação sobre o mensalão do DEM - suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares que seria comandado pelo governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
Segundo informações preliminares do STF, Geraldo Naves alegou ter sido envolvido em uma armadilha e que não podia responder por corrupção de testemunha e falsidade ideológica. Um dos ministros do STF será sorteado ainda hoje para ser o relator do processo.
Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
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