O pedetista histórico Mário Márcio Torres garante que despacho do juiz da 20ª Vara de Cuiabá, João Ferreira Filho, determina o retorno dele ao cargo de presidente e anula todas as decisões de Toninho
Mário Márcio já fala como presidente do PDT; Toninho convoca coletiva

O pedetista histórico Mário Márcio Torres já fala como presidente do diretório de Cuiabá. Afastado do comando da executiva desde setembro de 2009, ele alega que volta a assumir o diretório com a decisão proferida pelo juiz da 20ª Vara Cível da Comarca de Cuiabá, João Ferreira Filho. “A justiça é lapidar, já julgou o mérito da ação", diz Mário Márcio.

Responsável pela defesa do pai na ação, o advogado Vladimir Márcio Yuri Torres avalia que o vereador Toninho de Souza não comanda mais o PDT de Cuiabá. Segundo ele, a decisão do juiz João Ferreira Filho não tem efeito pretérito, como alega o parlamentar. “Desde esta quinta (18), Mário é o presidente da sigla na capital. Ele tem mais dois anos de mandato pelo frente”, comemora o advogado.

Segundo Vladimir, há um grupo de pedetistas que tenta, pela segunda vez consecutiva, impedir o processo democrático. “Coincidentemente sempre próximo das eleições”, frisa. A primeira teria ocorrido em 2006 e a outra no ano passado, quando o presidente da executiva estadual, Otaviano Pivetta, nomeou a comissão provisória. “A intenção não é outra senão tomar o comando para apoiar a quem lhes aprouver”.

Ele pondera que, ao registrar os membros da executiva, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não leva em conta as brigas judiciais, mas os nomes encaminhados pela legenda. “Foi assim que Toninho conseguiu ser reconhecido”, diz Vladimir, em referência ao pleito de 2008. Em relação aos argumentos de Toninho, de que o despacho judicial não tem validade, o advogado demonstra indignação. “Todos tiveram a chance de se pronunciar no processo e não o fizeram. Então agora os cães ladram e a caravana passa”.

Na decisão judicial, o magistrado determina ao presidente da executiva estadual, deputado Otaviano Pivetta, o pagamento de R$ 5 mil por ter nomeado a comissão provisória. Em resposta às declarações de Mário Márcio Torres, Toninho de Souza disse que não se considera afastado da presidência do PDT. Ele convocou uma coletiva para esta quinta, às 14h30, na sede do diretório do partido.