Esnobado por Lula, Paulo Octávio cogita renúncia no DF
Reportagem publicada na edição de hoje da Folha (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL) informa que o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), já cogita renunciar ao cargo. Ele comunicou a ideia a líderes do partido depois de ter sido esnobado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Paulo Octávio tentou ser recebido por Lula para conseguir apoio a sua permanência no governo. Ele entrou no governo após a prisão de José Roberto Arruda (sem partido) por suspeita de tentativa de suborno a testemunha do processo que investiga o suposto esquema de corrupção no Distrito Federal.
Mas o Palácio do Planalto evitou o encontro com Paulo Octávio ontem. Interlocutores do presidente sustentam que a Presidência só deve decidir se haverá a reunião depois da Executiva Nacional do DEM definir o futuro político de Paulo Octavio --que deve se tornar alvo de um processo interno de expulsão.
A avaliação dos assessores do presidente é que o encontro poderia influenciar na decisão do DEM, uma vez que poderia servir de argumento favorável à manutenção de Paulo Octávio no cargo. Líderes do DEM afirmam que se Paulo Octávio conquistar o apoio de Lula, a tese da expulsão se enfraquece --assim como a possibilidade de uma intervenção federal.
A Executiva do DEM deve decidir na próxima terça-feira sobre a permanência do governador interino no partido. Ele é citado no inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que investiga o suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina que envolve o governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido).
O governador interino disse nesta quarta-feira à Folha Online que pretende pedir apoio ao presidente Lula para continuar governando. Paulo Octávio disse que pretende se "colocar como um fator facilitador" para administrar a crise local.
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