Cientistas criam teste de US$ 1 mil que detecta propensão a doenças
Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, afirmaram que estão desenvolvendo um teste de DNA rápido e barato para identificar a tendência de um indivíduo de desenvolver várias doenças hereditárias.
De acordo com os especialistas, a técnica, que deverá ser usada apenas por profissionais da saúde, poderá revelar variações no código genético de uma pessoa em pontos críticos na cadeia de DNA a partir de uma gota de saliva.
Entre as doenças potenciais passíveis de identificação estão fibrose cística e degeneração macular relacionada à idade.
O teste será baseado em análise química e deverá dispensar o uso de enzimas, que são caras, dizem os pesquisadores de Edimburgo.
Mercado em expansão
Juan Diaz-Mochon, da Faculdade de Química da Universidade de Edimburgo, disse: "Esta tecnologia oferece uma alternativa rápida e mais barata para métodos existentes de análise de DNA."
"O mercado para testes de DNA está se expandindo rapidamente", observou. "Nosso método pode ajudar a se alcançar o objetivo de uma análise completa do genoma em poucas horas por menos de 637 libras (o equivalente a cerca de US$ 1 mil)."
No momento, o teste pode examinar uma variação genética por doença de cada vez, mas pesquisadores esperam que a técnica possa ser usada para decodificar todo o genoma humano, o que pode dar informações sobre variações genéticas em toda uma gama de doenças.
De acordo com o jornal escocês Scotsman, isto custa hoje US$ 50 mil e leva cinco dias, mas a nova técnica pode fazer com que ele custe menos de US$ 1 mil e leve poucas horas.
Mark Bradley, que também participou do estudo, acrescentou: "Nós pretendemos testar mais a tecnologia, ampliar nossa colaboração com os principais pesquisadores e empresas da área de sequenciamento de DNA e estabelecer nossas primeiras operações comerciais dentro dos próximos seis meses."
Alistair Kent, diretor da Genetic Interest Group - um grupo de ONGs que apoiam pessoas afetadas por doenças genéticas - considerou o anúncio do desenvolvimento do teste "promissor", disse o Scotsman.
O estudo foi divulgado na publicação especializada Angewandte Chemie ("Química Aplicada", em alemão).
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