Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 08 de Fevereiro de 2010 às 14:13
Por: Christina Lemos

    Imprimir


O PMDB governista confirmou uma vitória importante neste fim de semana, com a recondução de Michel Temer à presidência do partido. Apesar de certa truculência na estratégia, com a antecipação forçada da convenção para fevereiro, os governistas, que já são majoritários na legenda, consolidam sua hegemonia e confirmam a prioridade política: aliar-se ao PT para governar. A aliança, uma vez formalizada, puxará o PT ainda mais para o centro do espectro político.

O que há de novo na configuração da Executiva do PMDB recém-eleita é a conjunção das alas de Temer e de Renan/Sarney, até aqui concorrentes pelo comando da cúpula. Em nome do projeto maior, o de agregar poder para entrar com boa musculatura na aliança com o PT e se de fortalecer para o posto de vice de Dilma, Temer cedeu aos senadores parcela importante do poder da Executiva, coisa impensável em outros tempos.

O partido segue dividido, mas, formalmente, menos do que no passado. A corrente oposicionista de Quércia, Requião, Luiz Henrique e Simon mantém menos de 30% da legenda. Requião, em sua pré-campanha presidencial, conseguiu até aqui o apoio de apenas sete dos 27 diretórios estaduais. Continuará fazendo barulho – no que, aliás, é especialista. Mas tal dissidência já estava nas contas de todos, inclusive do PT.

O papel de vice se encaixa com perfeição à figura de Temer. Político moderado, de palavras calculadas e raros episódios de exaltação, tem temperamento discreto e dificilmente comete erros graves, principalmente no que diz respeito à própria imagem.

Por essas e outras razões, Temer, no entanto, não entrará em bola dividida. Com a quarta reeleição consecutiva para a presidência do maior partido do país – que comanda há nove anos - está confortável o bastante até para dizer que “não faz questão de ser vice”. O que na verdade está afirmando é que outros deveriam fazer questão que ele o seja.

O PMDB é, sem dúvida, a maior força estabilizadora para quem quer que deseje governar o país. Recomenda-se não brincar de David e Golias, neste caso.





Fonte: do R7

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/143396/visualizar/