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Politica Brasil
Quarta - 03 de Fevereiro de 2010 às 20:53

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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu esteve no último fim de semana em Belém para tentar convencer o PMDB do deputado Jader Barbalho a se coligar com o PT da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, pré-candidata à reeleição.

O Pará, onde petistas e peemedebistas se estranham, é um dos Estados em que ainda não foi possível aplicar o plano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de lançar um candidato único governista. O mesmo ocorre em Minas Gerais e Bahia, por exemplo.

Em conversa com Jader, Dirceu --que tem ajudado a negociar alianças PT-PMDB pelo país-- argumentou que a separação de palanques faz os dois lados perderem. O principal nome da oposição no Pará é o ex-governador tucano Simão Jatene (2003-2006).

A Folha apurou que o ex-ministro também interveio para pacificar o PT local, que tinha setores insatisfeitos com o secretário da Casa Civil de Ana Júlia, Cláudio Puty. Acusado de usar o cargo para alavancar uma candidatura a deputado federal, Puty deixou o governo. O ex-secretário negou ingerência de Dirceu e disse que sua saída já estava programada.

Após a conversa entre Jader e Dirceu, peemedebistas mantiveram o ceticismo em relação à união. Fiel na balança da vitória de Ana Júlia em 2006, o PMDB reclama que foi posto em segundo plano no governo.

"Não foi apresentado nada que convença o PMDB a retomar a confiança no governo do Pará. Nossa indisposição continua a mesma", disse o líder do partido na Assembleia Legislativa, Parsifal Pontes.

O ex-deputado José Priante, primo de Jader e um dos cotados para uma eventual candidatura própria do PMDB, defendeu a separação do PT devido à boa posição de Jader nas pesquisas e à baixa popularidade de Ana Júlia.

"Eu descarto que, a pretexto de estarmos juntos em nível nacional, façamos um abraço de afogados aqui", afirmou.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, que tentou sem sucesso selar a aliança em reuniões no fim de 2009, admitiu na época que há um problema de relacionamento entre Ana Júlia e Jader. A falta de confiança faz o deputado buscar garantias do PT nacional.

As condições de Jader para abrir mão de disputar o governo são indicar o vice de Ana Júlia, ter uma vaga para o Senado, provavelmente para si próprio, e retomar espaço no governo estadual.






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