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Politica Brasil
Quarta - 27 de Janeiro de 2010 às 16:36

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Apesar da pressão de grupos peemedebistas, a Executiva Nacional do PMDB decidiu nesta quarta-feira manter a convenção nacional do partido no dia 6 de fevereiro.

Na ocasião, será eleito o novo comando do PMDB, mas o tema eleição não será tratado. Inicialmente, a cúpula do PMDB chegou a admitir a possibilidade de retornar à data anterior da convenção --dia 10 de março-- para evitar um racha na legenda.

Em jantar na noite de ontem, no entanto, o comando da legenda decidiu apresentar hoje, durante reunião da Executiva Nacional, a proposta para que a data da convenção fosse mantida no dia 6 de fevereiro.

O impasse no partido teve início depois que o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), e o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia ameaçaram questionar judicialmente a mudança na data da reunião --do dia 10 de março para o dia 6 de fevereiro.

Para a cúpula do PMDB falou mais alto a disposição de reeleger o deputado Michel Temer (PMDB-SP) para o comando do partido, motivo que provocou a antecipação da convenção.

O grupo tem pressa em fortalecer Temer dentro do partido com o objetivo de indicá-lo como única opção do PMDB para a vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) --pré-candidata do PT.

Pela estratégia, Temer disputaria a vice-presidência na chapa de Dilma com o apoio da maioria do PMDB. A cúpula do partido vai tentar um acordo para evitar rachas, mas a disputa promete ser inevitável já que o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), foi lançado pré-candidato à Presidência da República por uma parcela do PMDB.

Executiva

Antes de definir a chapa presidencial, o comando do PMDB quer tentar criar uma chapa única para disputar a nova Executiva da legenda no dia 6 de fevereiro --com Temer disputando a presidência.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é cotado para a vice-presidência do partido, mas o cargo também é cobiçado pela atual presidente interina do PMDB, Íris de Araújo (GO), e pelo deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O grupo contrário à aliança do PMDB com o PT, como Quércia e Luiz Henrique, afirmaram publicamente que a antecipação da convenção seria uma espécie de "golpe" para reconduzir Temer e seus atuais aliados à presidência do partido.

Jucá disse esta semana que o grupo pró-Temer deseja apresentar uma chapa de consenso para a presidência do partido.

Ele afirmou que o objetivo da legenda, ao aprovar uma chapa consensual, é mostrar que tem unidade para fazer uma composição nacional com o PT e outros partidos aliados em torno da candidatura de Dilma.






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