José Alencar acredita em campanha de alto nível e elogia pré-candidatos da oposição
O vice-presidente da República, José Alencar, disse nesta terça-feira que o país deverá ter uma campanha de nível elevado. Em visita ao Rio de Janeiro, Alencar elogiou os principais pré-candidatos à Presidência, inclusive os oposição, como José Serra (PSDB).
"O governador Serra, todos o conhecem e sabem quem ele é. É um homem de bem. Da mesma forma, o Ciro Gomes (PSB-CE). Da mesma forma, a Marina Silva (PV-AC). A Marina, eu sou até suspeito de falar, porque nós fomos colegas no Senado e eu me lembro bem das propostas dela", disse Alencar.
Alencar também elogiou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à Presidência pelo PT. Os defeitos que são postos nela, na verdade, são qualidades excepcionais. Ela é uma mulher brava. Mas é uma mulher brava no bom sentido, porque é defensora das questões nacionais. Mas os outros candidatos também são muito qualificados", disse.
O vice-presidente, no entanto, lamentou, os últimos bate-bocas pré-eleitorais envolvendo políticos do PT e do PSDB. Segundo Alencar, os "candidatos" devem levar ao eleitor suas propostas de trabalho, sem se preocupar em atingir pessoalmente o adversário.
Bate-boca
Esta semana, um bate-boca entre PSDB e PT começou depois que presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse, em entrevista à revista "Veja", que se os tucanos ganharem as eleições, acabarão com o PAC. Na terça-feira, Dilma rebateu a declaração de Guerra, dizendo que os tucanos sempre quiseram acabar com os programas do governo.
O bate-boca entre petistas e tucanos começou após Sérgio Guerra dizer, em entrevista à revista "Veja", que, caso os tucanos ganhem as eleições, acabarão com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Na terça-feira, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata petista à Presidência, rebateu a declaração de Guerra alegando que os tucanos sempre quiseram acabar com os programas do governo Lula, incluindo o Bolsa Família.
A discussão ganhou corpo e, na quarta-feira, Guerra disse que Dilma mente, pois o PSDB não pretende acabar com o Bolsa Família. Além disso, afirmou que o PT é "doutor em terrorismo eleitoral" e argumentou que o PAC, uma das principais plataformas na campanha de Dilma à Presidência, tem obras que "não passam de pedras fundamentais para servir de palanque eleitoral".
No dia seguinte, a direção do PT subiu o tom da discussão e em nota assinada pelo atual presidente da legenda, Ricardo Berzoini, e pelo presidente eleito do partido, José Eduardo Dutra, chamou Sérgio Guerra de "jagunço da política". Escreveram, ainda, que o governador José Serra --possível candidato do PSDB à Presidência-- é "hipócrita" por não entrar no bate-boca.
Em resposta aos petistas, o PSDB anunciou que vai processar Berzoini e Dutra por calúnia e difamação.
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