Governador de São Paulo evita entrar no bate-boca e troca de insultos entre PSDB e PT
Serra diz que não cai no "ti-ti-ti" eleitoral
O governador de São Paulo, José Serra, potencial candidato à Presidência da República pelo PSDB, evitou entrar no bate-boca entre a oposição e representantes do atual governo, que se transformou em troca de insultos e ações na Justiça.
- Não vou perder meu tempo com ti-ti-ti, fofoca. Não vejo sentido nisso.
Serra deu a declaração em entrevista à rádio Jovem Pan de São Paulo na noite desta quinta-feira.
O governador de São Paulo, que ainda não anunciou publicamente que é candidato, voltou a dizer que sua preocupação é com seu governo.
- Estou mais preocupado com o meu Estado.
PSDB e PT trocam acusações desde terça-feira, quando a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à sucessão presidencial, afirmou que, se eleitos, tucanos vão acabar com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um dos principais planos do governo Lula.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, que declarou o fim do PAC no fim de semana, chamou Dilma de mentirosa e o PT classificou o presidente tucano de "jagunço" que cumpre ordens de Serra. Em novo capítulo da disputa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou Guerra de "babaca" durante reunião ministerial na última quinta.
O PSDB afirmou que processaria o atual presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP) e o presidente eleito do partido, José Eduardo Dutra, por calúnia e difamação.
Apesar da troca de acusações ter se intensificado nove meses antes da eleição programada para outubro, Serra acredita que a campanha não começou.
- O importante é que a campanha não começou, é se discutir ideias, propostas e planejamentos. Isso é o essencial. Quem fizer disso [acusações] um roteiro não vai se dar bem.
Oficialmente, a campanha terá início em julho, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral.
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