Núcleo instituído por Silval, que assume governo daqui a 50 dias, será composto por Carlos Bezerra e por mais 2 do PMDB, pelos republicanos Wellington e Emanuel e pelos petistas Abicalil e Ságuas
Silval cria núcleo suprapartidário para ampliar alianças, definir o staff e reforçar campanha
Do PMDB, vão fazer parte o presidente estadual da legenda, deputado Carlos Bezerra, e mais duas pessoas cujos nomes não foram definidos. O PR integra o núcleo com o seu dirigente regional, o também deputado Wellington Fagundes, e o secretário-geral da Executiva, ex-deputado Emanuel Pinheiro. O PT vai ser representado pelo presidente Carlos Abicalil e pelo secretário de Educação, deputado licenciado Ságuas Moraes. Silval quer apoio desse grupo para guiá-lo nas principais decisões administrativas e políticas.
Uma das principais estratégias de Silval é ampliar o arco de alianças. Com o poder da máquina sobre seu controle, espera manter legendas que hoje já compõem a base governista, como PP, PDT, PPS e PSB e até o DEM. O problema é que essas siglas sinalizam para outros rumos. Presididos por Percival Muniz e Otaviano Pivetta, PPS e PDT, respectivamente, querem se juntar ao PSB em apoio ao nome do empresário Mauro Mendes à sucessão estadual. O PP está rachado. O grupo do presidente da Assembleia, deputado José Riva, busca composição com o DEM do senador e pré-candidato a governador Jayme Campos, enquanto o deputado Pedro Henry, outro cacique dos progressistas, quer levar o partido para aliança com Silval. O DEM (ex-PFL) está no muro. Ao mesmo tempo que seus líderes defendem projeto próprio, "namora" o Palácio Paiaguás, com disposição de continuar na aliança de hoje e, concomitantemente, sustenta um pré-acordo com o tucanato, no sentido de fechar entendimento para ou lançar Jayme ou apoiar Wilson Santos, considerando para tanto o critério do melhor nome nas intenções de voto.
De todo modo, o núcleo tem esperanças de conseguir atrair mais partidos para o palanque de Sival, principalmente porque terá como espécie de "atrativos" o governador Maggi e o poder da máquina. Com a renúncia de Maggi, todos os 22 secretários, presidentes e diretores de empresas, órgãos e autarquias que integram a estrutura da máquina colocam também os cargos à disposição. Por enquanto, somente cinco secretários receberam convite de Silval para permanecerem nos seus postos. Os demais devem ser substituídos. É nessa hora que o núcleo ganha peso político, por causa das indicações de substitutos e da sede de poder externada por muitas lideranças.
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