Mendes traz perspectiva de investimentos, mas é tido como arrogante e sem discurso
O PSB aposta na pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional Ciro Gomes à Presidência da República e, dentro do projeto nacional, o nome de Mendes ganha força já que procura se sustentar num projeto alternativo. Um grupo de 9 partidos, a maioria nanicos, tem debatido composição política, entre eles o PPS e o PDT. São incentivadores do nome de Mendes à sucessão de Maggi. De um lado, tem a vantagem de se ampliar alianças mas, de outro, o pré-candidato "pisa em ovos". Acontece que ora os presidentes do PPS e PDT, respectivamente, Percival Muniz e Otaviano Pivetta, abrem diálogo com outros possíveis adversários de Mendes, como Silval Barbosa e Wilson Santos, ora "bajudam" o empresário, com discurso de que trata-se da melhor alternativa ao posto de chefe do Executivo estadual.
Entre outras vantagens de Mendes estão sua independência financeira e por possuir base eleitoral em Cuiabá, com 372,4 mil eleitores. Já quanto a questões tidas como complicadoras aparecem críticas no meio político e junto a alguns eleitores de que o pré-candidato do PSB é "arrogante" e que apresenta discurso sem muita consistência. Muitos o veem também como um político-empresário instável, já que anuncia um posicionamento e depois recua. Comunicou, por exemplo, que permaneceria no PR e, três dias depois, migrou para o PSB. Em 2008, jurava que não seria candidato a prefeito e acabou entrando na disputa. Outra reclamação das próprias lideranças políticas é sobre a dificuldade de falar com Mendes.
Conflitos
Ele se depara também com divergências com o presidente estadual da legenda socialista, deputado Valtenir Pereira, que está mais determinado a levar o PSB para uma aliança com o PMDB de Silval Barbosa ou até mesmo com o PSDB de Wilson Santos do que sustentar projeto majoritário de Mendes. Valtenir, no fundo, quer salvar a sua reeleição, algo difícil de conquistar se o grupo dos nove não buscar composições majoritárias e proporcionais. Mauro Mendes deve enfrentar dificuldades também nas visitas ao interior por falta de apoio localizado e por estar num partido sem estrutura e muitos filiados.
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