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Politica Brasil
Quinta - 18 de Julho de 2013 às 16:07

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O ex-presidente palestrou na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, nesta quinta-feira Foto: Bruno Santos / Terra
O ex-presidente palestrou na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, nesta quinta-feira
Foto: Bruno Santos / Terra
  • Thiago Tufano
    Direto de São Bernardo do Campo (SP)

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva palestrou na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), nesta quinta-feira, em uma conferência com o tema “Uma Nova Política Externa”, e falou sobre os problemas que o País enfrenta, principalmente em relação ao transporte. “As pessoas se incomodam com o pobre tendo carro ou andando de avião”, afirmou Lula.

 

Segundo ele, em 2007 o País tinha 48 milhões de brasileiros viajando de avião; em 2012, esse número subiu para 101 milhões. “Em 10 anos, fizemos com que 53 milhões começassem a andar de avião. Claro que tem problema em aeroporto. O pobre compra um carro e não consegue andar. É claro que tem protesto. Aí ele fala, "puta que pariu vamos protestar contra esse prefeito". E viva o protesto, porque de protesto em protesto vamos consertando o telhado”, completou.

 

Em relação à política externa, Lula destacou seu trabalho nos oito anos de governo e ressaltou o momento em que, segundo ele, “não abaixou a cabeça” para os Estados Unidos, logo que assumiu a Presidência da República. “Nenhum de nós quer romper relação com os Estados Unidos, pela importância, mas você não pode ser dependente de um país ou um bloco. Quanto mais diversificada a relação, mais chance tem de fazer a coisa funcionar”, afirmou.

 

Lula disse que "não abaixou a cabeça" para os Estados Unidos, logo que assumiu a Presidência da República Foto: Bruno Santos / Terra
Lula disse que "não abaixou a cabeça" para os Estados Unidos, logo que assumiu a Presidência da República
Foto: Bruno Santos / Terra

Segundo Lula, seu governo foi o responsável por reconquistar a confiança da política internacional. “Na década de 90, existia a dúvida de quem era o serviçal mais importante, Menem (Carlos Menem, presidente da Argentina de 1989 a 1999),FHC, etc. Como o Brasil queria ser grande se não cuidava dos que estavam perto de si? Fizemos um trabalho de reconquistar confiança política. Em dois anos, aconteceram coisas extraordinárias, primeiro o Chávez (Hugo Chávez, presidente da Venezuela), depois o Lula, o Kirchner (Néstor Kirchner, presidente da Argentina de 2003 a 2007), etc. Aquilo que as pessoas jamais imaginaram que iria acontecer nós vivemos, que foi o período mais progressista, socialista e de esquerda da nossa América do Sul.”

 

Para Lula, o mais importante de uma política exterior é “se respeitar”. O ex-presidente citou um caso que ocorreu em uma reunião do G8. “Em politica internacional, ninguém respeita quem não se respeita. Ninguém respeita lambe-botas, aquele puxa-saco. Em uma reunião, cumprimentei cada companheiro e sentei numa mesa. Eis que chega o Bush (George W. Bush, presidente dos Estados Unidos de 2001 a 2009). Todo mundo levantou, mas eu disse ao Celso (Amorim, ministro das Relações Exteriores do governo Lulapara não levantar. Isso parece bobagem, mas politica é feita de gestos. Eu apenas quis dizer que ninguém levantou quando cheguei e eu não levantei pra ninguém”, disse.





Fonte: Terra

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