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Nacional
Quarta - 23 de Dezembro de 2009 às 18:24
Por: Cirilo Junior

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A família brasileira do menino Sean Goldman, 9, tem até as 9h desta quinta-feira (24) --véspera de Natal-- para entregar a criança ao pai, o americano David Goldman, segundo decisão do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), no Rio. Sean mora com a família materna desde 2004. O pai americano, porém, alega que ele foi sequestrado e queria voltar com ele para os Estados Unidos.

A previsão é que a criança seja entregue ao estrangeiro na sede do Consulado dos Estados Unidos no Rio. Mais cedo, o advogado Sergio Tostes, que representa a família brasileira do menino, afirmou que não irá recorrer da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que cassou uma liminar que mantinha a criança no país.

Segundo Tostes, eles iriam tentar negociar com a AGU (Advocacia Geral da União) uma transição "menos traumática" para o menino. "O interesse principal é preservar a criança", afirmou o advogado, nesta quarta-feira, no Rio. Segundo ele, o objetivo é tentar chegar a um acordo para que ele volte a conviver com o pai aos poucos.

Disputa

Na quinta-feira (17), o americano desembarcou no Brasil, onde deveria se encontrar com Sean após seis meses. Na sexta (18), Goldman disse que implorava pelo retorno do garoto aos Estados Unidos.

Horas depois, o advogado Sergio Tostes afirmou que a família materna de Sean convidou o pai do garoto para passar o Natal no Brasil, como primeiro passo para o processo de entendimento no processo sobre a guarda da criança. Segundo Tostes, a família brasileira de Sean abriu caminho para uma discussão que leve ao entendimento.

Nesta terça, a avó materna de Sean, Silvana Bianchi, divulgou uma carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Tentar tirar uma criança de nove anos do convívio da família com a qual vive há cinco anos ininterruptamente, e especialmente de perto de sua irmã, Chiara, de um ano e três meses, que tem em Sean seu grande amparo, justamente na véspera do Natal, representa uma desumanidade. Jesus veio ao mundo para salvar os homens. Que Deus proteja aqueles que acreditam no princípio maior da cristandade, a preservação da família", diz trecho da carta.

Nascido nos EUA, Sean veio ao Brasil em 2004 com a mãe, Bruna Bianchi. Desde então David Goldman tenta levar o filho de volta com base na Convenção de Haia sobre sequestro internacional de crianças. Com a morte de Bruna, em 2008, a batalha judicial passou a ser travada entre o americano e o segundo marido da mãe, o advogado João Paulo Lins e Silva.





Fonte: Folha Online

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