CPI contra Deucimar arquivada na Câmara de Cuiabá
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Câmara Municipal de Cuiabá para investigar denúncias de suposto superfaturamento na compra de material gráfico pelo presidente do Legislativo, Deucimar Silva (PP), foi arquivada.
De forma surpreendente, com menos de dois meses de instauração da CPI, os membros da Comissão, formada pelos vereadores Paulo Borges (PSDB), Francisco Amorim, o Chico 2000 (PR), e Everton Pop (PP) apresentaram o relatório final das investigações, afirmando que o procedimento de aquisição do material gráfico foi regular, visto que os preços pagos estão dentro dos valores cobrados pelo mercado. Só o tucano Antonio Fernandes votou contra o arquivamento.
Os membros da Comissão, mesmo com o interesse da imprensa, não revelaram os procedimentos tomados para apurar as denúncias. De acordo com o relator do processo, Chico 2000, “foi consenso dos vereadores encaminharem os trabalhos sem alardes e com discrição”.
Paulo Borges, presidente da Comissão, disse que “a discrição foi proposital”, para não expor mais a Câmara, que durante este ano esteve envolvida em escândalos e cassou dois vereadores.
A CPI foi criada com base em denúncias da mídia local, que divulgou o suposto superfaturamento na compra de material gráfico, que somou o valor de R$ 62.296,25, adquiridos na gráfica e editora Intergraf.
Os membros da Comissão fizeram orçamento de mesmo material em outras três gráficas e constataram que os preços praticados pela Intergraf, ganhadora da licitação, estão compatíveis com o valor praticado pelo mercado, “não evidenciando de forma alguma superfaturamento”, de acordo com o relatório.
Deucimar respondeu que a grande quantidade de certificados e cartões foi adquirida na intenção de economizar o dinheiro público, considerando que não será necessário realizar novas licitações por longo período.
À época, o presidente da Câmara alegou que vereadores ligados ao vereador cassado Lutero Ponce (PMDB), especialmente Chico 2000, criaram a CPI para pressioná-lo para colocar em votação o pedido de cassação do peemedebista com 16 votos e não por maioria simples, quer dizer, metade mais um dos 19 parlamentares.
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