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Politica Brasil
Terça - 22 de Dezembro de 2009 às 12:52
Por: Patrícia Sanches e Andréa Hadd

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O cerco se fechou para o secretário de Estado de Administração Geraldo de Vitto. O presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Siagespoc), Clédison Gonçalves, derrotado a vereador por Cuiabá no ano passado, formalizou denúncia contra a pasta e seu secretário junto à Polícia Federal e ao Tribunal Regional do Trabalho por supostas irregularidades no pagamento do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

No documento, afirma que Vitto, ao arrepio da lei, fez repasses irregulares para a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). “Denotamos de forma clara que houve total desrespeito aos ditames legais”. Na briga por "fatia financeira", o sindicalista argumenta que os recursos deveriam ser repassados à Caixa Econômica, responsável pela distribuição do “bolo” às entidades ligadas à Central.

Na denúncia, ele ainda levanta suspeita sobre a ligação do presidente da Central, Adolfo Grassi de Oliveira, com a cúpula do governo Blairo Maggi. Segundo Clédison, 45 dias antes do repasse da contribuição à Central dos Trabalhadores, o governo patrocinou a cerimônia de inauguração da nova sede da entidade, que “custou aos cofres públicos aproximadamente R$ 40 mil”. O presidente Siagespoc argumenta que R$ 300 mil repassados à CGTB são provenientes da contribuição sindical de servidores que ocupam cargos DGA e de categorias que não têm sindicato representativo.

O dinheiro, segundo a denúncia, deveria ter sido repassado à Federação, Confederação e a União “especificamente à conta especial emprego e salário, já que a contribuição sindical tem natureza jurídica tributária”. Como isso não teria ocorrido, Clédison conclui que há “fortes indícios de que houve uso indevido ou desvio de recursos da União”. Também sustenta que o secretário desrespeitou o dinheiro público de maneira inconcebível e exige que o caso seja investigado. Sustenta que há indícios de que o secretário de Administração incorreu em ato de improbidade administrativa.

Outro Lado

Geraldo de Vitto contrapõe à denúncia de Clédison. Informa, por meio de assessoria, que a Administração repassou recurso à Central Geral dos Trabalhadores a pedido de 13 líderes sindicais que não têm registro concluído no Ministério Público do Trabalho, dentre eles o próprio Clédison. No documento entregue à SAD, com autorização das entidades para o repasse à CGTB, há inclusive a assinatura do presidente do Siagespoc, que já teria recebido o devido repasse da CGTB.

O líder sindical é uma pessoa polêmica. Ele gera bastante controvérsia ao liderar as greves de policiais civis e escrivães em datas que coincidem com o calendário eleitoral. Clédison disputou sem êxito em 2008 o cargo de vereador por Cuiabá. Há três meses trocou o “nanico” PHS pelo PTB, partido pelo qual pretende disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.





Fonte: RD News

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