Serra diz que Aécio mostrou grandeza e critica debate do PT
Em nota, Serra disse que Aécio tem todas as condições para ser candidato a presidente. "O governador Aécio Neves tem todas as condições para ser o candidato do nosso partido a presidente, por seu preparo, sua experiência política, sua visão de Brasil e seu desempenho como governador eleito e reeleito de Minas Gerais."
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também disse que Aécio tem qualidades para assumir cargos importantes no Planalto. "Não só Minas, mas todo o Brasil vê no governador qualidades de liderança que o credenciam a assumir as mais altas responsabilidades da República."
Serra elogiou ainda o desprendimento e a grandeza do gesto de Aécio. "Os termos em que ele se manifestou confirmam a afinidade de valores e as preocupações que inspiram nossa caminhada política".
FHC, que chegou a articular a chapa Serra-Aécio, elogiou Aécio e disse que o gesto dele "demonstra generosa compreensão do momento político".
O secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a atitude de Aécio mantém a unidade do partido. "Vejo no gesto do governador Aécio Neves mais uma manifestação em prol da unidade do PSDB", afirmou Alckmin, por meio de sua assessoria.
Nas eleições de 2006, Serra e Alckmin eram pré-candidatos do PSDB à Presidência. Na ocasião, Serra desistiu da pré-candidatura em favor de Alckmin. Já nas eleições de 2008, Serra não embarcou totalmente na campanha de Alckmin à Prefeitura de São Paulo, pois apoiava seu ex-vice, Gilberto Kassab (DEM).
Ricos x pobres
Ao ler a carta endereçada ao presidente do PSDB, Sérgio Guerra, Aécio alertou para o perigo da eleição plebiscitária --defendida pelo PT.
Aécio também criticou a estratégia do PT de mostrar o país dividido entre ricos e pobres no último programa eleitoral veiculado em cadeia de TV.
"Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o país ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos os brasileiros uns dos outros através da diminuição das diferenças que nos separam", diz ele na carta.
Em sintonia com Aécio, que criticou hoje a proposta de eleições plebiscitárias e a propagada do PT que divide os eleitores entre ricos e pobres, Serra diz que o PSDB não é "semeador da discórdia e do ressentimento".
"Nem estimuladores de disputas de brasileiros contra brasileiros, de classes contra classes, de moradores de uma região contra moradores de outra região. Trabalhamos, ambos, sempre, pela soma, não pela divisão. Somos brasileiros que apostam na construção e não no conflito."
No programa eleitoral veiculado na TV na semana passada, o PT comparou a gestão de FHC com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa mostrava as realizações do governo Lula para os mais pobres, enquanto a gestão anterior trabalhava para os mais ricos.
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