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Politica Brasil
Quinta - 17 de Dezembro de 2009 às 13:02
Por: Romilson Dourado

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Mesmo com a queda da verticalização das coligações, a direção nacional do PDT e do PPS deve orientar caminhos para alianças em Mato Grosso diferentes do que vêm sendo apontados pelos deputados Otaviano Pivetta e Percival Muniz, presidentes, respectivamente, das duas legendas. Ambos se articulam por apoio ao nome do empresário Mauro Mendes, que trocou o PR pelo PSB e tenta viabilizar a chamada terceira via na corrida ao Palácio Paiaguás. Assim, mesmo contrariados, Pivetta e Muniz podem ser forçados a apoiar outros pré-candidatos.

No caso do PPS, conduzido a mão de ferro pelo ex-senador e ex-deputado federal Roberto Freire (PE), a articulação junto à cúpula nacional é no sentido do partido intervir para manter a aliança com PSDB e DEM, o que levaria a legenda socialista a estar no mesmo palanque do tucano Wilson Santos e/ou do democrata Jayme Campos. Ambos são pré-candidatos a governador e, ao mesmo tempo, mantêm um acordo para lançar o nome que melhor aparecer nas pesquisas de intenção de voto e com compromisso de quem ficar de fora continuar no grupo.

Presidido pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o PDT nacional não tem nos planos apoiar Mendes à sucessão do governador Blairo Maggi. Quer continuar no arco de alianças com o PT, que já está praticamente fechado com o PMDB em adesão à candidatura do vice-governador Silval Barbosa, que assume a partir de abril a cadeira ocupada hoje por Maggi. O PC do B também está no projeto petista, motivado pela conjuntura nacional. O nanico PRP já declinou adesão ao nome de Silval. Mesmo a nove meses do pleito, outros partidos já se definiram, como o PTB, que não abre mão de apoiar Santos para governador.

Em meio a essas costuras e sob intervenção nacional, partidos que tentam seguir um rumo no Estado podem vir a puxar o freio e tomar outro caminho. O presidente estadual do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, esteve reunido semana passada com Silval. Na conversa informal, ele admitiu que, de fato, o PSB pode ficar sozinho em Mato Grosso e vir a dificultar o projeto de estruturação partidária para reforçar Mauro Merndes. Sem uma boa coligação ou partidos fortes no mesmo palanque há comprometimento quanto à eleição até das candidaturas proporcionais. O próprio Valtenir teme não se reeleger se o seu PSB não fizer parte de uma aliança com candidatos com visibilidade eleitoral.

Ademais, Mauro Mendes já adiantou que só será candidato se tiver apoio de partidos vinculados a Maggi, como o próprio PR e o PMDB. Não é à-toa que o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt) e derrotado a prefeito de Cuiabá em 2008 torce para a pré-candidatura de Silval naufragar. Ele corre por fora, da esperança de encontrar uma brecha para ser o candidato da base governista, principalmente da turma da botina.





Fonte: RD News

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