Sérgio diz que falta planejamento e quer mais hospitais
O alto índice de pessoas acometidas por dengue em Mato Grosso é tido pelo presidente da CPI da Saúde, deputado Sérgio Ricardo, como o termômetro ideal para concluir que o setor vive um verdadeiro caos em todo o Estado. Segundo o último boletim da secretaria estadual de Saúde, quase 47 mil pessoas já tiveram dengue neste ano e 52 morreram, o que representa aumento de 320 % se comparado ao ano passado. Para o deputado, falta planejamento por parte dos gestores, para quem são os principais responsáveis pela crise na saúde pública.
Segundo Sérgio, a infraestrutura física e humana está longe de ser a ideal. Cobra mais unidades de saúde, hospitais regionais e principalmente mais médicos e enfermeiros. “Existem cidades que estão isoladas. Se uma pessoa sofrer um infarto, infelizmente vai morrer porque os centros de referência existentes são insuficientes”. Para um Estado com 141 municípios, existem hoje apenas quatro hospitais regionais, que funcionam em Rondonópolis, Sinop, Colíder e Sorriso. “Vamos propor que sejam construídos mais hospitais regionais, além de hospitais de referência regional. A CPI da Saúde quer ser um divisor de águas no Estado”, afirma Sérgio. Ele cobra também que todas as filas de cirurgias sejam zeradas. "Muitas cidades fazem isso. O governo pode firmar parcerias com a rede privada para zerar essas filas", sugere.
Nesta quinta (17), às 14, a CPI da Saúde ouve o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviço de Saúde, José Ricardo de Mello. Na segunda (21), mempros da Comissão Parlamentar de Inquérito vão se reunir com o novo secretário de Saúde de Cuiabá, Maurélio Ribeiro e com o secretário estadual Augustinho Moro. Vão discutir contrato firmado com o Hospital Geral Universitário. A CPI foi criada para investigar as causas do caos na prestação do serviço público de saúde pública em Mato Grosso, mas o foco é Cuiabá e Várzea Grande.
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