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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 11 de Dezembro de 2009 às 20:33

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A cúpula do PMDB divulgou nota oficial nesta sexta-feira com duras críticas à afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o partido deve enviar uma "lista tríplice" para que o PT decida quem deve ser o vice da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em 2010. Na nota, o PMDB não descarta lançar candidato próprio ao Palácio do Planalto no ano que vem e classifica a declaração de Lula de "intromissão de terceiros" no partido.

"O PMDB ainda não aferiu a extensão e a profundidade dos danos que tal notícia causou ao pré-acordo celebrado entre o PMDB e o PT, com vistas a uma possível aliança para a eleição presidencial de 2010. De qualquer forma, o PMDB, maior partido do Brasil, não vê como devida a intromissão de terceiros, por mais respeitáveis que sejam, em assuntos de sua exclusiva competência interna."

A nota é assinada pela presidente interina do PMDB, Íris de Araújo (GO), pelos líderes do PMDB na Câmara e no Senado, Henrique Eduardo Alves (RN) e Renan Calheiros (AL), além do presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha (RS). O grupo integrava a ala do partido favorável à aliança com o PT em 2010.

Os quatro afirmam que somente a convenção nacional do PMDB, que será realizada em junho de 2010, poderá decidir se o pré-acordo com o PT vai se transformar num acordo e, posteriormente, em uma aliança definitiva.

A convenção também é que vai decidir, segundo a nota, o nome do PMDB a ser indicado na possível chapa de Dilma --se o partido desistir de candidatura própria.

"Só a convenção nacional do PMDB, a se realizar em junho vindouro, no exercício de sua exclusiva competência, decidirá se o aludido pré-acordo converter-se-á em acordo e aliança definitiva e sobre a escolha do nome que representará o partido para possível aliança ou para candidatura própria à presidência e a vice-presidência da República."

Declaração

Durante visita ao Maranhão, Lula disse ontem que o PMDB "tem todo o direito de exigir a vice' numa chapa liderada por Dilma, mas sugeriu que o partido, em março, prepare uma lista tríplice e apresente à ministra da Casa Civil para que ela escolha um nome.

Na opinião do presidente, Dilma deve ter autonomia para escolher o vice-presidente em sua chapa porque precisa ter afinidade com o seu futuro companheiro de trabalho --caso eleita. "Você não pode empurrar para ela alguém que não tenha afinidade com ela, porque aí será a discórdia total", disse Lula. O presidente prometeu não interferir na escolha da ministra.

PT e PMDB firmaram um pré-acordo há mais de um mês para que os peemedebistas indiquem o vice-presidente na chapa de Dilma. O partido, no entanto, está rachado entre três correntes: a que apoia a aliança com o PT, a que defende uma aliança com o PSDB em 2010, além do terceiro grupo que defende a candidatura própria da legenda.

Na tentativa de mostrar à cúpula do partido que parte da legenda defende a candidatura própria, um grupo de peemedebista lançou o nome do governador do Paraná, Roberto Requião, como pré-candidato do PMDB para a Presidência da República.

Na ala governista do PMDB, o nome do presidente licenciado da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), era dado como certo para integrar a chapa de Dilma na vice-presidência.

O terceiro grupo, que tem à frente o ex-governador Orestes Quércia (PMDB-SP) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), defende a aliança com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), numa ruptura direta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.





Fonte: Folha Online

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