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Politica Brasil
Sexta - 11 de Dezembro de 2009 às 08:28

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O deputado Dilceu Dal Bosco (DEM) encaminhou ontem para a CPI da Saúde o relatório comparativo dos custos comparativos dos valores pagos em hospitais particulares se comparando as unidades de atendimento filantrópicos.

No início desta semana, o parlamentar democrata sugeriu um novo modelo de gestão na saúde pública ao governador Blairo Maggi (PR). Ele apresentou uma proposta de ampliação da rede complementar de saúde.

De posse de estatísticas, Dilceu provou que nas internações realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no país, os hospitais públicos respondem por apenas 43,3% dos atendimentos médicos, enquanto os filantrópicos são responsáveis por 40,5% e os privados por 16,2%.

“Cinquenta e sete por cento de toda assistência médica do SUS no Brasil é feito pela rede complementar, o que evidencia a importância da organização hospitalar não-pública”, disse.

O parlamentar lembrou que esses índices são alicerçados pelo estado de São Paulo, onde 80% do atendimento a saúde é realizado no sistema público-privado, que congrega fundações e associações filantrópicas, a exemplo da Santa Casa de Misericórdia e hospitais universitários.

Por outro lado, segundo Dilceu, em Mato Grosso os poderes municipal e estadual ainda aparecem como “grandes gestores” da saúde, respondendo por 93,5% dos hospitais, “mesmo assumindo o ônus disso, já que os custos para as administrações públicas são maiores, com resultados questionáveis”.

Com números retirados Ministério da Saúde, através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS e das próprias unidades regionais, Dilceu fez comparativos entre a saúde pública, gerida pelo Executivo estadual, e o Hospital Santo Antônio, unidade filantrópica, mantida pelo Lions Clube de Sinop (500 km ao norte da capital). Ele apontou que o custo médio de internação no Hospital Regional de Sorriso é de R$ 5.515,83. O mesmo serviço cai para R$ 1.050,83 na entidade filantrópica.

A qualidade no atendimento também foi questionada pelo parlamentar, já que a média de permanência no Hospital de Sorriso é de 5,6 dias, enquanto na unidade beneficente de Sinop são três dias. O percentual de óbitos no Santo Antônio é de 2,04%. Estatística que sobre para 3,78% na unidade pública de Sorriso.

“Temos que considerar as dificuldades de acesso aos serviços dos hospitais regionais, por estarem sempre lotados, principalmente com pacientes dos municípios-sede, que ocupam entre 85% e 95% dos leitos, já que as prefeituras se acomodam com a presença das unidades”, criticou.

Dilceu Dal Bosco frisou que a proposta não visa tirar a responsabilidade do Estado, mas fortalecer as redes complementares.





Fonte: Diário de Cuiabá

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