CPI da Unemat não decola na Assembleia
Articulações políticas podem barrar a CPI da Unemat, criada pela Assembleia Legislativa para apurar supostas irregularidades na gestão da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), incluindo o cancelamento do concurso público do Estado, que foi anulado por conta de diversos problemas logísticos e suspeita de fraude.
Com oito assinaturas a CPI foi automaticamente criada no dia 1º, quando foi apresentado o requerimento. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Estadual José Riva, declarou que irá propor na próxima reunião de colégio de líderes uma reavaliação da CPI.
Para o presidente da Casa, os deputados que farão parte da Comissão podem perder tempo nas investigações, já que os erros no concurso foram admitidos pelo reitor da Unemat, Taisir Karin, e pelo secretário de Administração do governo, Geraldo De Vitto. Riva afirma que respeita a iniciativa do deputado Percival Muniz (PPS) e de todos os que assinaram o requerimento, mas diz que “existem outros mecanismos para evitar que os mesmo erros aconteçam”.
Na sessão de terça-feira da Assembleia, Taisir e De Vitto foram sabatinados pelos deputados, que questionaram os problemas enfrentados no concurso do governo do Estado. Eles foram intimados a comparecer à Assembleia pelo deputado Riva, antes mesmo da criação da CPI.
Outro deputado da base governista que levantou a questão foi Hermínio Jota Barreto (PR). Ele disse que existe a possibilidade da CPI não sair do papel. O principal argumento é a sabatina pela qual o reitor da Unemat e o secretário passaram. Essas oitivas demonstrariam que providencias já estão sendo tomadas, mostrando à sociedade que a Assembleia cumpre o papel dela.
Percival acredita que a CPI irá acontecer. Tanto, que os partidos já estão articulando nomes para indicação à composição.
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