Pivetta quer Mendes ao Paiaguás e avalia vice ou Senado
Na mesma semana em que a Executiva regional do PDT deu a Otaviano Pivetta autonomia para este buscar projeto majoritário e "costurar" composições políticas, o empresário, deputado e presidente do partido anunciou que o seu candidato a governador será Mauro Mendes, do PSB. Assim, dá sinal de que a legenda pedetista, 16 anos depois de concorrer ao Palácio Paiaguás com Dante de Oliveira e sair vitoriosa nas urnas, vai enfrentar mais uma eleição geral como coadjuvante, ou seja, sem cabeça-de-chapa. Minguado desde a desfiliação de Dante, em 95, o PDT foi um mero expectador dos projetos majoritários nos pleitos de 1998, 2002 e 2006.
O partido hoje é pequeno, mas se mostra atrevido quando insiste na tese de empunhar bandeira por uma terceira via. Pivetta já decidiu que não será candidato à reeleição em 2010. Não gostou da experiência de atuar no Legislativo. Ele começou na vida pública como prefeito de Lucas do Rio Verde por dois mandatos. Teve também uma passagem relâmpago como secretário de Desenvolvimento Rural do governo Blairo Maggi. Resta a ele agora três opções, considerando as primeiras negociações políticas: ser vice na chapa de Mendes, encarar candidatura ao Senado ou ficar de fora do teste das urnas.
Na semana passada, o também deputado Percival Muniz, presidente do PPS no Estado, seguiu a linha de Pivetta, ao defender Mendes como nome que representa projeto alternativo de poder. Eles incentivam o presidente da Federação das Indústrias (Fiemt) a entrar no páreo para contrapor as pré-candidaturas à sucessão estadual já colocadas de Wilson Santos (PSDB), de Silval Barbosa (PMDB) e de Jayme Campos (DEM).
Observou que a tríplice-aliança PSB-PPS-PDT está praticamente consolidada e que ele próprio (Muniz) ou Pivetta pode entrar como candidato a vice, enquanto o outro encabeçaria chapa ao Senado. O bloco quer atrair ainda o procurador da República Pedro Taques, que está dividido entre filiar-se ao PDT ou PV para concorrer a uma das duas vagas que serão abertas à representação mato-grossense no Congresso Nacional. São mexidas no tabuleiro político que, a 10 meses do pleito, começam a dar sinais sobre que rumo cada líder político vai tomar.
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