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Politica Brasil
Sábado - 05 de Dezembro de 2009 às 10:10

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O senador Jayme Campos assegurou neste sábado que não tem qualquer ligação com o colega democrata e governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, envolvido em escândalo de caixa 2 e na distribuição de dinheiro a políticos. Afirma que foi o primeiro da bancada no Congresso Nacional a pedir a expulsão de Arruda do DEM e que a movimentação na semana passada de seus assessores, que viajaram da Capital Federal para Cuiabá e Várzea Grande e também para o Rio de Janeiro, nada tem a ver com suposto esquema. Nos bastidores, o comentário era de que Jayme, temendo citação de alguns de seus aliados no "mensalão de Brasília", escalou assessores para fazer pente-fino para saber se havia alguém que teria se beneficiado com "caixinha de panetone" de Arruda.

Jayme explica que tudo não passou de coincidência nas viagens. Observa que o DEM abriu para ele a possibilidade de enviar dois assessores para o Rio com vistas a participar de um workshop. Assim, escalou Leonardo Leão e o seu marqueteiro Paulo Leite. Já o assessor Cesar Miranda, que foi secretário de Jayme quando prefeito de Várzea Grande, saiu de Brasília direto para Cuiabá para resolver questões pessoais.

Secretário da Executiva Nacional do DEM, Jayme Campos afirma que a única vez que se reuniu com Arruda neste ano foi durante uma visita da bancada do Centro-Oeste ao governador. "Nem conheço direito essa Arruda. Sei que é dolorido para o DEM, mas tem de prevalecer a frieza para preservarmos a imagem do partido e por isso fui o primeiro a defender sua expulsão. Não tem não de dar prazo de 8 dias para tomar decisão", enfatiza o senador, que foi governador de 91 a 94. Para Jayme, as imagens de Arruda pegando dinheiro "são tristes e deprimentes". Assegura que nunca participou de acordos espúrios com empresários e/ou empreiteiras. "Nunca vão ver Jayme com esse tipo de coisa. Sou um político diferente e não tenho ligação com empreiteiras. As minhas emendas são entregues para os prefeitos".

Arruda foi gravado pelo seu ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa que, depois, entregou à Polícia Federal imagens que comprovam esquema de distribuição de dinheiro. As investigações resultaram na operação Caixa da Pandora. O governador alega que a quantia de R$ 50 mil recebida em 2006 era uma contribuição para a compra de 120 mil panetones. No vídeo, ele aparece recebendo o dinheiro em notas de R$ 100, do caixa de campanha Durval Barbosa. Alegou ainda que os R$ 50 mil seriam colaborações de empresários para a compra de panetones e brinquedos que seriam distribuídos no Natal entre as crianças carentes.





Fonte: RD News

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