DEM ensaia com Jayme, mas espera decisão de outras siglas
A maioria da militância começa a empurrar Jayme ao Palácio Paiaguás, com ênfase à proposta de projeto próprio. O cacique do DEM, por sua vez, faz discurso de candidato mas, quando se depara com o alto índice de rejeição detectado nas pesquisas de intenção de voto, acaba recuando. De todo modo, o partido vai postergar o máximo a definição. Aguarda os demais pré-candidatos e grupos políticos tomarem decisões para, a partir daí, analisar qual caminho seguir. O grupo de Jayme e do irmão Júlio Campos vem do PDS, que migrou para o PFL e virou DEM. Encontra dificuldades para definir nova identidade.
Abriga hoje políticos em fim de carreira. São chamados no meio político de "políticos dinossauros", como os conselheiros aposentados do TCE Júlio Campos, Branco de Barros, Ubiratan Spinelli e Oscar Ribeiro, o desembargador aposentado Flávio Bertin, o ex-prefeito de Poconé Arlindo Moraes, o delegado aposentado do IBGE, Delvaldo Souza, pré-candidato a deputado federal, os ex-deputados estaduais Aroldo Arruda e Zeca D´Ávila, e o ex-senador Zanete Cardinal.
Mesmo insistindo na tese de que desta vez não será coadjuvante, o DEM sinaliza para composição com o PSDB e com tendência de apoiar Santos a governador. Assim, vão se juntar no mesmo palanque adversários ferrenhos nos anos 80 e 90. Jayme até que tem bom diálogo com Silval, mas, nos bastidores, rejeita o nome do governador Blairo Maggi, mesmo considerando que se elegeu senador no palanque da turma da botina.
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