Escândalo do mensalão faz o presidente do PSDB cair
Pressionado pela cúpula do partido com a divulgação do documento, Machado pediu licença de 90 dias do cargo, mas dificilmente deverá reassumir o posto. De acordo com a assessoria do PSDB, Machado deve ser chamado a dar explicações na semana que vem e pode sofrer um processo disciplinar por causa da prática de caixa 2. Por causa do escândalo do "mensalão do DEM", o PSDB exigiu que ele deixasse o governo na terça-feira. Segundo Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo e colaborador da Polícia Federal nas investigações, Machado era um dos "captadores" do caixa 2 da campanha de 2006.
Ontem, Machado voltou a confirmar ao Estado a autoria da planilha. Indagado se o documento era de caixa 2, não negou. "Isso deve ser perguntado ao DEM, o candidato era do partido", disse ele. "Eu já disse o que era para ser dito"" Por meio de seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o tucano deu a versão de que esse manuscrito serviu apenas para projetar os pedidos de doações para a campanha de Arruda, mas não soube explicar, por exemplo, o que significa a expressão "PG"" ao lado de 12 empresas, indicando que os recursos foram repassados.
Além das empresas e dos valores, a planilha traz uma coluna com dois saldos, um em dólar (US$ 342.900) e outro em real (R$ 243.500), além de duas listas de receitas e despesas, somando juntas R$ 2,2 milhões.
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