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Politica Brasil
Sexta - 04 de Dezembro de 2009 às 09:16

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A quatro meses de assumir o posto de governador, o vice Silval Barbosa (PMDB) começa a mexer o tabuleiro com vistas a definir a equipe do primeiro escalão. Ele já decidiu que terá uma administração menos técnica e mais política e que fará de tudo para abrir espaço no quadro de secretários para o DEM, que hoje está mais próximo do adversário, o prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB). Para a pasta da Saúde, por exemplo, Silval deve convidar o médico e ex-deputado estadual Joaquim Sucena, que não conseguiu se reeleger em 2006. Teve 17.892 votos pelo extinto PFL (hoje DEM). É hoje o segundo suplente da coligação PPS/PFL. Sucena substituirá Augustinho Moro, que integra a turma da botina, grupo ligado ao governador Blairo Maggi. O ex-deputado é bem articulado.

Joaquim Sucena foi secretário de Saúde do governo Jayme Campos (91/94). Sua esposa Adélia comandou o velho PFL em Cuiabá por mais de dois anos. Com o convite para tê-lo na pasta e mais a nomeação de Eduardo Abelara Vizoto, genro de Júlio Campos, no comando do Escritório de Representação do governo de Mato Grosso em Brasília, o peemedebista dá início a estratégia de abertura das porteiras para o Democratas. As duas nomeações agradam os irmãos Júlio e Jayme, caciques que comandam o DEM. Silval joga pesado nos bastidores para ter o partido no palanque porque sabe que Jayme, que se diz pré-candidato a governador, não está afinado politicamente com Santos, embora o senador e o prefeito tenham feito acordo, segundo o qual o melhor nome nas pesquisas de intenção de voto a partir de fevereiro de 2010 virá a ser o candidato do grupo de oposição.

Com respaldo de Maggi, Silval explora também o fato de Jayme e Santos terem sido adversários ferrenhos no passado e também por considerar hoje o DEM aliado do Paiaguás. Jayme, por sua vez, ao mesmo tempo que "desce o porrete" no governo Maggi, recua quando se trata da futura gestão Silval, com quem só não fechou composição por causa da conjuntura nacional, que desenha um cenário rumo ao Palácio do Planalto com PSDB e DEM juntos. A esperança do PMDB e ampliar o arco de alianças para ter adesão do PMDB, PR, DEM, PP, PT e até do PSB de Mauro Mendes, que tenta construir uma terceira via na corrida ao Paiaguás.

Silval Barbosa, que conduzirá um orçamento próximo de R$ 8 milhões numa máquina que emprega quase 100 mil servidores, mantém sob sigilo nomes de pessoas que convidará para integrar o quadro de secretários. Dos 22 do staff, ao menos cinco que fazem parte da gestão Maggi serão mantidos, sendo eles Eder de Moraes (Fazenda), Vilceu Marchetti (Infraestrutura), Diógenes Curado (Justiça e Segurança Pública), Arnaldo Alves de Souza (Planejamento e Coordenação Geral) e Alexander Maia (Casa Militar).

Vice garante que nem cogitou convidar ex-deputado para integrar staff

Silval Barbosa garante que, apesar dos comentários de bastidores, nem abriu conversação sobre definição da equipe de secretários, muito menos quanto a suposto convite para Joaquim Sucena assumir a Saúde. "Isso não foi nem cogitado. Só vamos conversar sobre equipe no próximo ano e na hora certa. Quem é governador é Blairo Maggi". Segundo o vice-governador, a matéria acima cria instabilidade e provoca intrigas. "Nunca nem foi cogitado. Não tem cabimento", reagiu o peemedebista e pré-candidato a governador".





Fonte: RD News

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