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Politica Brasil
Quarta - 02 de Dezembro de 2009 às 07:10
Por: Sonia Fiori

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O presidente estadual do PT, deputado federal Carlos Abicalil esclareceu ontem que caso o juiz Julier Sebastião da Silva opte por uma filiação à sigla não terá regalias em detrimento de outros filiados que desejam pleitear algum cargo eletivo.

O dirigente petista também classificou de “desprovida” a informação de que o ex-ministro de Estado Chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, teria sondado o juiz federal Julier Sebastião da Silva para se filiar à sigla tendo nesse quadro a chance de liderar a disputa ao governo nas Eleições 2010. Abicalil faz parte da mesma facção no partido de Dirceu.

O magistrado em entrevistas anteriores afirmou não descartar uma disputa no próximo ano. Avisou ainda que tem até abril para tomar qualquer decisão. O juiz nunca fez menção pública de aderir ao PT, embora já tenha militado na sigla antes de ingressar na magistratura.

Abicalil disse que esclareceu os fatos através de uma conversa por telefone com José Dirceu, realizada anteontem. De acordo com ele, o ex-ministro negou a possibilidade de ter feito análise sobre a filiação de Julier ao PT. José Dirceu, segundo o dirigente partidário, destacou ainda que teria partido do juiz federal a iniciativa para realização da audiência - ocorrida em São Paulo na semana passada. Segundo o presidente estadual do PT, o encontro não tratou de eventual ingresso do magistrado.

“Tenho clareza de que no encontro não se tratou de filiação. O ex-deputado José Dirceu não tratou de eleições em Mato Grosso e nem de questões de alianças e permanece o projeto de acompanhar a aliança nacional. E não houve questionamento sobre a posição do PMDB de apresentar o vice-governador Silval Barbosa como candidato no grupo”, enfatizou.

O dirigente partidário reiterou ainda que o PT estadual desconhece qualquer tipo de negociação política para filiação do magistrado ao partido. Entretanto, admitiu a possibilidade de Julier se filiar à legenda – ressaltando que é um direito que cabe a qualquer cidadão. Seguindo essa ótica, Abicalil deixou bastante claro que nesse cenário, o magistrado teria de seguir os trâmites naturais dos debates internos, ou seja, que o juiz federal ocuparia um lugar comum na sigla podendo assim como qualquer outro militante pleitear uma vaga nas chapas proporcionais ou majoritária.

Em relação ao pleito geral do próximo ano, o presidente do PT ressalta que o partido ainda não deu início às discussões. Contudo, lembra que o núcleo formado entre o PT, PR e o PMDB tem como meta principal a solidificação do palanque eleitoral da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em Mato Grosso.

Abicalil acrescentou ainda que assim como não foi definido o projeto majoritário da sigla.

José Dirceu deixou a chefia da Casa Civil em junho de 2005 para responder às denúncias de corrupção feitas pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, nas quais ele seria um dos principais articuladores do esquema de corrupção denominado de “mensalão”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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