Deputado Muniz acredita que vai conseguir as assinaturas

O deputado Percival Muniz (PPS) acredita que vai garantir nesta terça-feira na Assembleia Legislativa as oito assinaturas necessárias para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as razões do fracasso do concurso público da Unemat que foi cancelado e também as transferências de recursos feitas pelo Estado à instituição. Percival já conseguiu cinco assinaturas e a promessa de mais duas e necessita de mais uma assinatura até o fim do dia para que a CPI seja instalada.

Na sessão da última quinta-feira, quando ele apresentou o requerimento, assinaram além dele os deputados Otaviano Pivetta (PDT), Alexandre César (PT), Professora Vilma (PSB) e José Domingos Fraga (DEM). Os deputados Guilherme Maluf (PSDB) e Dilceu Dal"Bosco (DEM) também se comprometeram a assinar, mas já haviam saído do plenário quando os requerimentos ficaram prontos.

Segundo o deputado, há mais de 3 anos vem ocorrendo problemas envolvendo a Unemat . Nesse período foram realizadas audiências públicas com professores, estudantes e a comunidade que demonstraram revolta diante de supostas irregularidades praticadas pela administração. "Depois desse fiasco que foi o cancelamento do concurso, chegou a hora de passar a limpo esta instituição,que mostrou só estar interessada em ganhar dinheiro e não se preocupou em entregar o serviço", disse Percival Muniz, se referindo a problemas de logística que prejudicaram a realização das provas que envolveram 274 mil candidatos.

Hoje, na Assembleia Legislativa, os deputados além de participarem da sessão ordinária trabalharão também nas comissões além de se reunirem no Colégio de Líderes. Assim que forem confirmados os oito nomes, a CPI será automaticamente instalada e os trabalhos começam tão logo as maiores bancadas façam a indicação dos membros da CPI, que é integrada por cinco titulares além de cinco suplentes.

Um dos deputados que já assinou o requerimento, deputado Alexandre César, recebeu em maio um dossiê apontando pelo menos 29 supostas irregularidades na gestão do reitor Taisir Karim.