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Politica Brasil
Terça - 01 de Dezembro de 2009 às 08:30

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Membros da Executiva regional do PSDB afirmam que Wilson Santos sinaliza para recuo da pré-candidatura a governador para concorrer ao Senado. O prefeito de Cuiabá se vê "enrolado" com problemas administrativos que vêm trazendo desgaste a sua imagem, como as empacadas obras do PAC e a crise na saúde pública que despencou para o caos devido a conflitos com a classe médica e servidores. Outras senhas que indicam mudança de rota política do tucano são a despreocupação sobre busca de alianças políticas e a fuga de despesas nas visitas e encontros nos municípios. Santos não gasta um centavo. Viaja sob patrocínio de simpatizantes e de pré-candidatos proporcionais. De todo modo, ele decidiu que vai mesmo renunciar ao mandato daqui a cinco meses para encarar o teste das urnas. Avalia agora se será mesmo ao governo ou ao Senado.

No fundo, Santos vislumbra o Senado por entender que o respingo negativo de sua administração seria menor durante o processo eleitoral. Sairia do foco central, já que a briga maior acaba ficando com os candidatos a governador. Assim, não teria de passar a campanha explicando o porquê do não cumprimento de promessas, como a conclusão das avenidas das Torres e do rodoanel, das obras de R$ 238 milhões custeadas quase tudo pelo Programa de Aceleração do Crescimento e do caos na saúde. Além do mais, seu perfil é mais para o Legislativo. Já foi vereador, deputado estadual e federal.

Se optar mesmo pelo Senado, Santos terá como principal adversário o governador Blairo Maggi (PR). Vão estar em jogo duas vagas, com vencimento dos mandatos de Serys Marly Slhessarenko (PT) e de Gilberto Goellner (DEM), que virou senador com a morte de Jonas Pinheiro. Outros nomes, por enquanto, estão apenas ensaiando. Muitos apostam que, no fritar dos ovos, o procurador da República Pedro Taques não terá tanto despreendimento ao ponto de abandonar a carreira de membro do Ministério Público para poder definir partido e candidatura até 4 de abril. Taques está em pré-campanha ao Senado. A leitura do tucanato é de que hoje o cenário majoritário é mais positivo para Wilson Santos se este optar pela corrida a senador.

Na conversa com os irmãos democratas Jayme e Júlio Campos, nesta segunda à noite, o prefeito cuiabano reconheceu que os problemas administrativos levaram-no a cair nas pesquisas de intenção de voto, ao ponto de não ser mais o primeiro colocado na Capital, conforme constatado na amostragem interna. Perdeu espaço na corrida ao Palácio Paiaguás para o empresário Mauro Mendes (PSB), derrotado pelo próprio tucano em 2008. Santos ainda não assume publicamente mas, nos bastidores, está determinado a apoiar o ex-adversário, senador Jayme Campos, para o Paiaguás, numa dobradinha DEM-PSDB. Especula-se que, nessa composição, o vice seria o ex-prefeito de Rondonópolis e ex-governador Rogério Salles (PSDB).

(9h) - Tucano nega projeto à senatória e diz que só vai ao governo ou continua prefeito

Wilson Santos garantiu nesta terça, em entrevista ao RDNews, que a informação de que tende a concorrer ao Senado é mera especulação. "Essa possibilidade (de disputa ao Senado) é zero, zero, zero", garantiu o prefeito de Cuiabá. Segundo ele, só há uma possibilidade, a de concorrer ao governo do Estado, numa aliança entre PSDB , DEM e PTB. Se esse projeto não for possível, garante Wilson Santos, continuará à frente do Palácio Alencastro até o final da gestão, em dezembro de 2012.





Fonte: RD News

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