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Politica Brasil
Terça - 01 de Dezembro de 2009 às 04:37
Por: Andréa Haddad

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O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), comandado por Luiz Antônio Pagot (PR), investiu apenas 31% do total de recursos previstos para 2009 na construção, adequação e manutenção de estradas. É o que revela uma reportagem do Correio Braziliense, na edição que circula nesta segunda (30) e assinada pela repórter Daniela Lima.

Dados repassados pelo próprio Dnit ao Correio apontam que o órgão desembolsou apenas R$ 2,6 bilhões dos R$ 8,4 bilhões projetados para 2009. Até o último dia 26, R$ 479 milhões tinham sido investidos em adequação das rodovias, R$ 1 bilhão em construção de novos trechos e R$ 1,1 bilhão em manutenção. Foram adicionados R$ 3,3 bilhões em restos a pagar e outros R$ 3,5 bilhões em empenhos feitos em exercícios anteriores.

A reportagem destaca um levantamento da ONG Contas Abertas, feito a pedido do Correio. Os dados revelam que há Estados em que o pagamento dos valores previstos no orçamento para manter as estradas em boas condições não chega a 10%. “Enquanto a execução dos recursos destinados para adequação ficou em 32% e para construção em 36%, 28% do que estava previsto para manutenção foram efetivamente pagos”.

Já dados do portal Siga Brasil mostram que, se somados os valores destinados no orçamento de 2009 aos restos a pagar, o total de investimentos em manutenção chegaria a R$ 7,1 bilhões, dos quais apenas R$ 2,7 bilhões, o equivalente a 38%, saíram dos cofres públicos. Outro levantamento aponta que dos R$ 23,8 milhões previstos para o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Dnit, apenas R$ 1,68 foi aplicado.

Outro Lado

A assessoria de imprensa do Dnit informou ao Correio Braziliense que o diretor-geral Luiz Antônio Pagot não estava em Brasília para analisar os dados. Segundo o vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Newton Gibson, falta planejamento nas ações do governo. “Não podemos ser injustos. Os investimentos melhoraram, mas ainda é muito pouco”, avaliou.

Para Gibson, alocar recursos não é suficiente. “A aplicação desse dinheiro nos preocupa, pois as justificativas para que ele não saia do papel são muitas. Tudo precisa de planejamento. Os investimentos ficam sendo protelados, de um ano para o outro, e os valores nunca são cumpridos em sua totalidade”.





Fonte: RD News

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