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Bezerra é hoje o político com mandato mais velho em MT
Bezerra comanda o PMDB no Estado há quase duas décadas. É daqueles políticos que, segundo os filiados, não dão trégua para surgimento de novas lideranças. Ele começou a militância no velho MDB, pelo qual se elegeu deputado estadual em 74. Exerceu o mandato de 75 a 78. Ainda pelo MDB ganhou para deputado federal (79/83). Já no PMDB, Bezerra foi prefeito de Rondonópolis duas vezes (83/86 e 93/94), governador (87/90), senador (1995/2003) e desde fevereiro de 2007 exerce o segundo mandato de federal. O cacique não quer parar por aqui. No próximo ano vai buscar novo mandato.
Percival Muniz é "cria" de Bezerra. Se elegeu vereador há 27 anos. Depois foi deputado federal constituinte, prefeito de Rondonópolis por dois mandatos e hoje ocupa cadeira na Assembleia. Passou por vários partidos, como PMDB, PSB, PSDB e está no PPS. Jayme Campos foi prefeito de Várzea Grande por três mandatos, o primeiro a partir de 82. Desde 2007 é senador. Dois partidos nos quais militou já foram extintos (PDS e PFL) e, mesmo assim, o cacique continua na vida pública. Hoje é do DEM. Jayme não pára por aí. Em 2010, quer ser governador, mesmo com a cadeira de senador segura até 2014.
Oswaldo Sobrinho é outro que acumula vários cargos públicos. Começou como deputado estadual, em 82, pelo PMDB. Oito anos depois migrou para o PTB, onde está até hoje. Exerceu cadeiras de deputado federal, de vice-governador, de secretário de Estado e da Prefeitura de Cuiabá e atua como senador no lugar do titular Jayme, licenciado por quatro meses. Wilson Santos apareceu na vida pública em 88, quando se elegeu vereador pelo PMDB. Depois conquistou vaga de deputado estadual por duas vezes, foi deputado federal, secretário de Estado e de Cuiabá e exerce hoje o segundo mandato de prefeito da Capital. Santos quer mais. Sonha com a cadeira de governador ou de senador.
Das eleições de 1990 surgiram políticos que continuam com mandato até hoje, como Wellington Fagundes, que já está no quarto mandato de deputado federal, e a ex-deputada estadual, ex-secretária de Estado de Educação e senadora Serys Marly. Fagundes era do PL, que se fundiu com o Prona e se transformou no PR. Serys teve passagem relâmpago pelo PV e milita no PT há vários anos. Os dois também estão de olho no pleito de 2010. Fagundes vai buscar o sexto mandato, enquanto Serys quer continuar no Congresso Nacional.
Políticos mais antigos e com mandato eletivo
Carlos Bezerra 1974 (pelo MDB)
Percival Muniz 82 (PMDB)
Jayme Campos 82 (PDS)
Osvaldo Sobrinho 82 (PMDB)
Wilson Santos 88 (PMDB)
Serys Slhessarenko 90 (PT)
Wellington Fagundes 90 (PL)
Eliene Lima 92 (PSB)
José Riva 94 (PMN)
Blairo Maggi 94 (PPB)
Pedro Henry 94 (PDT)
"Carreiristas"
Homens públicos que costumam dizer que não são políticos "carreiristas" estão traindo a própria história. Blairo Maggi, por exemplo, se elegeu no extinto PPB (hoje PP) como primeiro-suplente de senador de Jonas Pinheiro (já falecido). Em 99, ele exerceu mandato de quatro meses de senador. No pleito de 2002, já no PPS, ganha para governador e, em 2006, reconquista o mandato. Hoje está no PR e trabalha pré-candidatura de senador.
Eliene Lima foi vereador por Cuiabá a partir de 92. Em seguida, exerceu mandato de deputado estadual e hoje é um dos oito federais mato-grossenses e vai em busca da reeleição.
José Riva e Pedro Henry começaram a exercer mandato a partir de 94. O primeiro iniciou como prefeito de Juara, pelo PMN. Depois virou deputado e já está no quarto mandato. Do PMN pulou para PTB, PSDB e virou cacique do PP. Henry começou como vice-prefeito de Cáceres, foi diretor da Sanemat e está no terceiro mandato de deputado federal.
A permanência dessa safra antiga no poder é uma prova de que a campanha por renovação no quadro de políticos não tem encontrado respaldo nas urnas. Há uma série de fatores que contribuem para isso, como o controle que os caciques exercem sobre as legendas e o desestímulo e desinteresse dos mais jovens em entrar para a militância político-partidária.
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