PDT lança Pivetta ao governo e espera filiação de Taques
Membros do diretório estadual do PDT, em encontro nesta quinta na Sala de Reuniões da Assembleia Legislativa, aprovaram, por unanimidade, a proposta de liberar o deputado e empresário Otaviano Pivetta para buscar alianças e construir candidatura majoritária. Filiados defenderam a ideia de projeto próprio, mas sem perder de vistas alianças com agremiações como PSB e PPS. As frases "terceira via" e "projeto alternativo" saíram da boca de praticamente todos que fizeram discurso. A esperança dos pedetistas é de atrair a filiação do procurador da República Pedro Taques que, devido à prerrogativa do cargo, pode, se assim entender, deixar a carreira no Ministério Público Federal até 4 de abril, escolher partido e concorrer às eleições gerais de 2010.
Pivetta se mostrou animado para encarar candidatura a governador. Ele participou da reunião, assim como os vereadores Toninho de Souza, Sérgio Cintra e Adevair Cabral, que está licenciado da Câmara e responde como secretário de Cultura de Cuiabá. O encontro atraiu 35 pessoas, entre elas recém-filiados como Hélio Silva, o Caça Corrupto (ex-PPS), o advogado Marcos Túlio (ex-PTB), a economista Adriana Vandoni e a ex-vice-prefeita e secretária da Igualdade Racial da Capital, Jacy Proença (ambas ex-PSDB) e também militantes históricos do PDT, como o ex-vereador Dito Labamba.
Ao ser aclamado, Pivetta disse que, de fato, vem sendo pressionado por prefeitos e vereadores nos municípios a tomar uma posição quanto à candidatura majoritária. Sua disposição é enfrentar candidatura ou ao Palácio Paiaguás ou a senador. Descarta projeto da reeleição. Esta não é a primeira vez que Pivetta se movimenta nos bastidores para tentar viabilizar candidatura majoritária. Em 2006 ensaiou disputa à senatória, mas acabou recuando às vésperas das convenções.
Pedetistas acreditam na possibilidade de formar uma dobradinha com Pivetta ao governo e Taques à senatória. Os filiados rasgaram elogios ao deputado. Disseram, por exemplo, que Pivetta foi um bom gestor quando comandou a Prefeitura de Lucas do Rio Verde por duas vezes. Em meio às conjecturas, desenharam cenários em que incluíram no mesmo palanque o PSB, com a hipótese do empresário Mauro Mendes, presidente da Federação das Indústrias (Fiemt), vir a ser o candidato à sucessão do governador Blairo Maggi, e também o PPS do deputado Percival Muniz e Pedro Taques. Para cada um, eles enalteceram o perfil. Enfatizaram que Mendes, por exemplo, é "gerador de emprego e renda" e que Taques "é uma pessoa preocupada com a justiça e com as causas sociais".
Contraponto
Para o grupo, é possível viabilizar a chamada terceira via para contrapor às candidaturas do prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) e do vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que é apoiado por Maggi. Entende que o tucano, como gestor na Capital, enfrenta dificuldades administrativas e caos em setores, como a saúde, e que isso comprova sua incapacidade para conduzir o Estado. Sobre o governo Maggi, pedetistas argumentaram que também enfrenta alguns gargalhos e fizeram críticas ao fiasco do concurso público do Estado, que seria realizado no último domingo e foi adiado para o próximo ano.
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