Fiasco do maior concurso deve tirar votos de Maggi e Silval
Por mais que o governo transfira culpa à Unemat pelo fiasco do concurso, marcado por uma sucessão de erros primários e irregularidades, trata-se de uma instituição que faz parte da estrutura da máquina estadual. A Universidade do Estado, com sede em Cáceres, é vinculada à secretaria estadual de Ciência e Tecnologia. Por falha da coordenação do concurso em vários aspectos, até mesmo a imagem da instituição ficou manchada. O mais grave foi as provas que seriam aplicadas no período vespertino terem "vazadas" já pela manhã.
Se, por causa da frustração, aumentou a ira das pessoas sobre à figura de Maggi e, de respingo, à de Silval, imagine então como não está o índice de rejeição ao reitor Taisir Karim e ao secretário estadual de Administração, Geraldo de Vitto, um dos que assumiram à frente da realização do concurso que deveria ter sido realizado no domingo! Como o tiro saiu pela culatra, Vitto e Taisir acabaram levando para a frigideira política o governador e o vice, num período de pré-campanha eleitoral. Ambos estão queimados e, na luta contra o tempo, tentam se recuperar, mas as cicatrizes vão demorar a desaparecer.
Nesta quarta, o secretário Vitto anuncia uma nova data para as provas. Todo o governo está mobilizado no sentido de evitar maiores prejuízos administrativos e políticos. O que renderia bom conceito, popularidade e votos para Maggi e Silval nas urnas de 2010, se o concurso tivesse transcorrido dentro das normalidades como se previa, acabou trazendo efeito contrário. Um novo concurso, agora de forma organizado e tranparente, pode amenizar a crise.
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