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Politica Brasil
Terça - 24 de Novembro de 2009 às 11:58

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A repercussão negativa sobre a suspensão na hora das provas do maior concurso público do país, com 271 mil inscritos para 10.086 vagas de servidores estaduais em Mato Grosso, pode trazer consequências graves para os projetos políticos do governador Blairo Maggi, que em abril renuncia ao mandato para disputar uma cadeira ao Senado, e também ao vice Silval Barbosa (PMDB). Ele assume o Palácio Paiaguás disposto a concorrer à sucessão estadual. Há um sentimento de revolta geral por causa da desorganização.

Por mais que o governo transfira culpa à Unemat pelo fiasco do concurso, marcado por uma sucessão de erros primários e irregularidades, trata-se de uma instituição que faz parte da estrutura da máquina estadual. A Universidade do Estado, com sede em Cáceres, é vinculada à secretaria estadual de Ciência e Tecnologia. Por falha da coordenação do concurso em vários aspectos, até mesmo a imagem da instituição ficou manchada. O mais grave foi as provas que seriam aplicadas no período vespertino terem "vazadas" já pela manhã.

Se, por causa da frustração, aumentou a ira das pessoas sobre à figura de Maggi e, de respingo, à de Silval, imagine então como não está o índice de rejeição ao reitor Taisir Karim e ao secretário estadual de Administração, Geraldo de Vitto, um dos que assumiram à frente da realização do concurso que deveria ter sido realizado no domingo! Como o tiro saiu pela culatra, Vitto e Taisir acabaram levando para a frigideira política o governador e o vice, num período de pré-campanha eleitoral. Ambos estão queimados e, na luta contra o tempo, tentam se recuperar, mas as cicatrizes vão demorar a desaparecer.

Nesta quarta, o secretário Vitto anuncia uma nova data para as provas. Todo o governo está mobilizado no sentido de evitar maiores prejuízos administrativos e políticos. O que renderia bom conceito, popularidade e votos para Maggi e Silval nas urnas de 2010, se o concurso tivesse transcorrido dentro das normalidades como se previa, acabou trazendo efeito contrário. Um novo concurso, agora de forma organizado e tranparente, pode amenizar a crise.





Fonte: RD News

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