DEM e PSDB afunilam composição às Eleições 2010
Sem fazer rodeios, o senador Jayme Campos (DEM) disse ontem que o partido Democrata e o PSDB reafirmaram o compromisso de selar aliança para as Eleições 2010 rumo ao governo do Estado. Com esse discurso, o líder do DEM no Estado dá início a um processo de “dispensa” de a legenda compor com o núcleo formado pelo PR, PMDB e PT. Determinado a dar prosseguimento aos planos da sigla de conquistar o comando do Palácio Paiaguás, Jayme reacende mais uma vez posição crítica sobre o governo republicano.
Para o senador, o governo Blairo Maggi pecou em relação ao tratamento dispensado para o DEM. “Acho que o partido não foi prestigiado. Não houve valorização. Se houve, através de alguns nomes que estão no governo, foi de forma isolada. Mas o tempo é o senhor da razão”, disparou. A afinidade mais apurada entre o DEM e o PSDB se deu em evento suprapartidário realizado em Sinop recentemente.
No ato, as performances do prefeito Wilson Santos (PSDB) e de Jayme, na defesa de um plano de governo, estreitaram também o projeto de vencer o embate eleitoral – que deverá ser travado contra o grupo de partidos liderado pelo PR. Nem mesmo o bom relacionamento mantido por Jayme com o presidente estadual do PMDB, Carlos Bezerra, tem conseguido demover o senador democrata de selar entendimento com os tucanos de Mato Grosso.
O projeto do DEM no Estado vem sendo construído com apoio da Executiva nacional do partido. O Democratas deve dar as mãos ao PSDB na disputa à presidência da República. E nesse sentido Jayme encontra ainda mais respaldo para dar prosseguimento a meta obter vitória nas eleições gerais. Ao avaliar os planos com o PSDB, Jayme acrescentou que permanece ainda mais firme o acordo feito com a sigla tucana. “O acordo foi reafirmado”, reforçou.
Conforme a parceria, pesquisas quantitativas e qualitativas serão utilizadas como um dos principais critérios para definir o líder da majoritária. Jayme demonstrou ainda entusiasmo com a chance de chegar à liderança de chapa com apoio do PSDB. Ele não deixou dúvidas sobre a linha política que deverá adotar nas articulações com outros partidos. “São bem vindos os partidos que quiserem caminhar com o DEM. Mas os debates partem do entendimento de que o DEM poderá ter candidato”, avisou.
Segundo ele, o DEM está aberto para quem quiser apoiar a construção de um novo programa de governo. Nesse cenário, segundo ele, fica cada vez mais difícil discutir uma aliança com siglas como o PR.
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