Serra sai prejudicado com a entrada de Ciro na "corrida"
Com a inclusão de Ciro na lista de candidatos, a vantagem do tucano sobre a petista cai para apenas 10 pontos (31,8% a 21,7%). O pré-candidato do PSB, nesse cenário, fica em terceiro lugar, com 17,5% das intenções de voto, à frente de Marina, com 5,9%. Na semana passada, o PSDB exibiu na TV peças de propaganda que relacionavam Dilma ao apagão que, no dia 10, atingiu 18 Estados.
A pesquisa, porém, não traz indícios de que o incidente tenha afetado o quadro eleitoral. A taxa de rejeição à petista caiu de 37,6% para 34,4% e seu desempenho melhorou nos cenários em que é possível fazer comparações com a pesquisa anterior, feita em setembro. No confronto direto com Serra, em um eventual segundo turno,
Dilma continua atrás, mas sua desvantagem caiu de 25 para 18,6 pontos percentuais em dois meses. O governador de Minas, Aécio Neves, que disputa com Serra a chance de se candidatar pelo PSDB, tem desempenho mais fraco que o de seu rival. Ficaria em terceiro lugar, com 14,7%, em um cenário com Ciro (25%), Dilma (21,3%) e Marina (7,3%). Em um eventual segundo turno com a petista, Aécio perderia por 36,6% a 27,9%.
Transferência - Em meio ao debate sobre a eventual capacidade de Lula de usar sua popularidade para impulsionar Dilma na campanha, a pesquisa revela que 20,1% dos entrevistados votariam no candidato do presidente, 31,6% poderiam votar e 16% não votariam.
Outros 27,4% indicaram a opção "só conhecendo o candidato para decidir". A pesquisa evidencia os motivos que levam o presidente a tentar formatar uma campanha "plebiscitária", centrada na comparação entre as gestões do PT e do PSDB.
Para 76% dos entrevistados, o governo Lula é melhor que o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Apenas 3% disseram que votariam com certeza em um candidato apoiado por FHC, e 49,3% não votariam de jeito nenhum. Depois de cair entre maio e setembro, a avaliação positiva do governo voltou a subir na última pesquisa. Para 70%, dos entrevistados, a gestão é ótima ou boa - há dois meses, esse índice era de 65,4%. Já a aprovação ao desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oscilou dentro da margem de erro, de 76,8% para 78,9%.
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