Silval Barbosa não teme o desgaste político
Vice-governador de Mato Grosso, que é pré-candidato ao governo, admite estratégia que adversários usarão no palanque político
O vice-governador Silval Barbosa (PMDB) avalia que a oposição usará como discurso político a anulação das provas do concurso público do Estado. Apesar de considerar normal esse uso, ele afirma não temer o desgaste na corrida pelo governo para a eleição de 2010.
Durante cerimônia em que o Estado recebeu certificado como o único a oferecer microcrédito sem juros no país, Silval alegou que o governo tomou todas as medidas depois de verificados os problemas e isso deve minimizar a polêmica. Também participou do evento a primeira-dama e secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Terezinha Maggi.
"É natural para mim que ocorra esse uso político do assunto, mas isso é indiferente na minha opinião. Digo isso porque todas as medidas necessárias foram tomadas e isso é o que vai importar para a população daqui para frente", afirmou Silval, que é o pré- candidato do governo ao Palácio Paiaguás.
Silval participou do evento do microcrédito porque Maggi, que tinha participação prevista no evento, optou por se reunir com representantes da Casa Civil, Casa Militar, Delegacia Fazendária, Secretaria de Estado de Administração (SAD) e Comunicação Social (Secom) para avaliar o impacto negativo da anulação da prova e tomar novas medidas.
"A melhor decisão vai ser tomada e até quarta-feira já devemos ter uma nova data da prova. Por isso, não o que temer se haverá ou não desgaste político. O importante é que as pessoas saibam que tudo o que é possível está sendo feito", completou Silval.
A previsão de uso político do assunto motivou Maggi até desistir de participar da solenidade em que o Estado recebeu certificado como o único do país a oferecer microcrédito sem juros no país. O governador preferiu se reunir com a cúpula do Executivo e, com isso, deve anunciar até amanhã a data da nova prova.
Aliados do vice-governador Silval ponderam ainda que, além das medidas que serão tomadas para minimizar o prejuízo político decorrente do concurso, o grande tempo que ainda falta para a campanha do ano que vem pode diminuir o impacto negativo da polêmica. Oficialmente, a campanha começa em julho do ano que vem a partir das escolha oficial dos candidatos para a eleição de outubro. A avaliação é também que conquistas como a escolha de Cuiabá para sediar a Copa de Futebol de 2014 serão mais lembradas que o concurso público.
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