Lula admite racha nas bases petistas
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva admite um racha em sua base nos estados nas eleições de 2010. Em entrevista, após votar para a escolha dos novos diretores do PT. Lula afirmou que sua orientação é que a base se una para as eleições estaduais, entretanto, disse, "o que tem acontecido é que cada um olha sempre para o seu umbigo e prevalecem as questões dos estados".
Lula ressaltou que, no caso da base governista não conseguir se unir nas eleições estaduais no ano que vem, o importante é que se mantenha coesa em torno da provável candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Por mais que tenha mais de um candidato, o importante é que se mantenham unidos em torno de Dilma", afirmou.
O presidente reconheceu que dois palanques de partidos de sua base nos estados podem dificultar a a provável candidatura de Dilma Rousseff. Para Lula, é sempre difícil para um candidato a presidente fazer uma campanha nessas circunstâncias. "Parece fácil colocar no papel, mas na prática não tem como fazer dois discursos para dois candidatos diferentes", disse.
Lula destacou também a importância de o PT sair unido da eleição de seu diretório nacional com o objetivo de coordenar os trabalhos de campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. Depois de votar em Brasília, acompanhado da ministra, o presidente ressaltou que o PT, atualmente, é um partido "muito mais senhor da situação".
Ele destacou o crescimento da legenda nos últimos anos e o processo de consolidação pelo qual tem passado. Para Lula, o partido está "muito mais calejado" com os aprendizados da política. O presidente negou qualquer possibilidade de divisão partidária após a eleição do diretório.
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