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Agronegócios
Terça - 17 de Novembro de 2009 às 10:06

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Pontos cruciais envolvendo a nova tecnologia para produção de algodão em Mato Grosso foram debatidos no II Workshop do Algodão Adensado, promovido pela AMPA e pelo IMAmt, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, na sexta-feira (13). A mesa-redonda “Colheita, beneficiamento e qualidade do algodão adensado” foi a primeira discussão do dia que colocou os produtores rurais diante dos desafios que mais pesam nesse sistema de produção. Plantar o algodão de ciclo precoce com menos de 150 dias, diminuindo o custo e melhorar a rentabilidade da cultura, é uma possibilidade com variáveis que precisam ser muito bem analisadas pelo setor.

Com o espaçamento adensado, a distância entre linhas é inferior a do algodão convencional, 45 centímetros, garantindo 200.000 a 250.000 plantas por hectare e economia na produção. O consultor da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Andrew Macdonald, disse que esse processo deve exigir inicialmente um investimento um pouco maior do produtor, mas a nova tecnologia é o incentivo para que a cotonicultura não acabe no Brasil. O parque tecnológico está habilitado e com as adequações necessárias, os produtores poderão, em três ou quatro anos, equipar-se para o novo sistema.

Para o especialista na área e pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Jean Louis Belot, não basta reduzir custos com a nova tecnologia, é preciso ampliar a rentabilidade com o mínimo de produtividade. “O ciclo de produção menor – 135 a 150 dias – nem sempre representa renda. Temos que analisar caso a caso, orientar os produtores que podem ter dois ciclos de produção e dividir o custo fixo sobre duas culturas”, explicou.

Investir em beneficiamento - O desafio aumenta quando o algodão produzido no sistema adensado chega ao beneficiamento. Nesta fase, o produtor terá que adotar medidas imprescindíveis em relação ao maquinário das usinas e capacitação de pessoal.

De acordo com Jean-Luc Chanselme, tecnologista na cultura do algodão, os produtores têm que remodelar a seqüência das máquinas, ampliar o número e o tipo de maquinário na usina de beneficiamento. “Como o algodão no sistema adensado vem com mais impurezas da lavoura, o produtor tem que realizar a pré-limpeza em duas etapas. Instalar máquina extratora do algodão em caroço, no mínimo duas unidades conhecidas como HL”. Jean-Luc ressaltou ainda que é indispensável promover a secagem do algodão assim que o produto entra na usina de beneficiamento.

A definição estratégica de toda esta engenharia para a produção e beneficiamento de algodão pode definir uma fibra final com preço competitivo no mercado mundial, de acordo com os técnicos.”O produtor terá que investir para adequar o sistema de produção e beneficiamento inicialmente, mas nos anos seguintes terá economia no custo global e rentabilidade”, afirmou Chanselme.





Fonte: Assessoria de Imprensa da Ampa

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