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Politica Brasil
Terça - 17 de Novembro de 2009 às 09:54

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O deputado federal Valtenir Pereira, que comanda o PSB em Mato Grosso, prepara um trunfo em reação às interferências no seu partido dos parlamentares e dirigentes regionais do PPS, Percival Muniz, e do PDT, Otaviano Pivetta. Os dois foram os responsáveis pelas articulações que tiraram o empresário Mauro Mendes do PR e levaram-no para o PSB, dentro da estratégia de transformá-lo numa candidatura de terceira via ao governo estadual. Mesmo na condição de presidente da legenda socialista, Valtenir foi o último a saber. Na bronca, ele disse aos aliados que não vai permitir uso do partido como espécie de barriga de aluguel para "gestação" da candidatura de Mendes.

Valtenir observou que Muniz e Pivetta e o próprio Mendes agem nos bastidores como se ele (Valtenir) de nada soubesse. Está aguardando o que considera "hora certa" para enquadrar o empresário nas regras do PSB e coibir as intervenções dos parlamentares do PPS e do PDT. "Eles pensam que eu sou bobo. Estou só acompanhando essa movimentação e vou esperar a época certa para mostrar que o PSB tem estatuto, regra e ideologia", afirmou Valtenir, em diálogo com amigos mais próximos.

Derrotado à Prefeitura de Cuiabá no segundo turno do ano passado, Mauro Mendes, que preside a Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), achou que no partido de Valtenir, outro que perdeu para prefeito em 2008, encontraria caminho livre para tomar a decisão política que achasse conveniente, ou seja, que poderia usar o partido sem risco de boicote ou de "puxada de tapete". Mas, pelo jeito, tende a enfrentar dissabores. Acontece que o deputado abriu diálogo com todos os demais pré-candidatos à sucessão estadual, como o vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que assume o Palácio Paiaguás em abril e conta com apoio do governador Blairo Maggi (PR), do prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) e do senador Jayme Campos (DEM).

Como presidente, Valtenir tem autonomia para conduzir a política de alianças e, de quebra, tem bom trânsito com membros da cúpula do PSB, como o seu colega parlamentar Ciro Gomes (CE) e o governador e presidente nacional da sigla Eduardo Campos (PE). Hoje, ele sinaliza para levar o partido para os braços de Silval.

Empolgado com as conjecturas de 2010 desenhadas por Muniz, que o apontou com chances reais de ser o próximo governador se deixasse o grupo da turma da botina, bloco ligado a Maggi, Mauro Mendes se vê agora numa saia-justa dentro do PSB. Vai ter de pedir benção para Valtenir, um defensor público licenciado do Estado, que se elegeu vereador pelo PT, chegou à Câmara Federal pelo PSB como espécie de "azarão" nas urnas de 2006, busca a reeleição e que só tem a cara de bobo.





Fonte: RD News

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