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Agronegócios
Sexta - 13 de Novembro de 2009 às 16:23

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A resposta que os cotonicultores esperavam ouvir no II Workshop do Algodão Adensado, que ocorre no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, foi apresentada nesta sexta-feira (13), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq|) da Universidade de São Paulo (USP). Os cerca de 300 participantes do evento de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás – produtores e pesquisadores do setor - conheceram os estudos realizados pelo Cepea que apontam até que ponto o sistema de plantio de algodão adensado é, realmente, mais rentável.

Um dos especialistas na área, Jean Louis Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), afirma que tudo depende da realidade de cada propriedade. “Cada caso é um caso em particular. O custo benefício quem vai apontar é a Esalq que constatou uma situação em que a renda com o algodão adensado piorou e outra em que melhorou”.

O ponto crucial dessa avaliação, segundo ele, é o nível de tecnologia que o algodão adensado exige. O ciclo de produção precoce do sistema – entre 135 e 150 dias – nem sempre representa melhor renda diante da alta tecnologia aplicada se comparado com o ciclo convencional de 180 dias. “No plantio convencional, o espaçamento entre linhas é de 90 centímetros, com plantio em dezembro. A proposta é ter a soja precoce de outubro a janeiro e o algodão adensado no segundo ciclo, a partir da segunda quinzena de janeiro, com um número maior de plantas por hectare. Mas pra se adotar esse sistema é preciso alterar todo o processo, do manejo até a colheita”, explicou.

Jean Belot é extremamente cauteloso e considera que o sistema é mais barato e a colheita é boa, mas a fibra é mais carregada de impurezas. “Isso muda todo o beneficiamento e é preciso adequar tudo de novo. Esta tecnologia só está sendo difundida porque alguns produtores se arriscaram. A maioria tem que se orientado para adequar máquinas e o beneficiamento. Para reduzir custos e ter rentabilidade é preciso ter o mínimo de produtividade. O cotonicultor não deve entrar se não estiver preparado para enfrentar dificuldades”, assegurou.





Fonte: Assessoria de Comunicação da Ampa

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