De olho na eleição, Silval defende governo suprapartidário

Na tentativa de evitar críticas e despistar os questionamentos de utilização da máquina do Executivo para atrair aliados na corrida ao Palácio Paiaguás, o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) disse nesta quarta (11) que foi surpreendido pela decisão do governador Blairo Maggi (PR) de deixar o governo em abril de 2010 para concorrer ao Senado. “Fiquei sabendo há poucos dias que o governador iria renunciar, nem contava mais com isso. Vou ter que readequar meu planejamento de campanha”.

Questionado sobre as mudanças no secretariado, Silval ponderou que faltam mais de quatro meses para assumir o comando do Executivo, mas disse que as mudanças ocorrerão naturalmente com a desincompatibilização dos secretários que vão disputar cargos eletivos. “O Saguás Moraes (Educação), Baiano Filho (Esportes) Dóia (Detran) e Chico Daltro, por exemplo, vão ter que sair. Vou ter que me reunir com os partidos para definirmos os substitutos”.

Preocupado em contemplar os aliados, o peemedebista defendeu um secretariado suprapartidário. “Quero sentar com todos os partidos da base aliada e chegar a um entendimento. Temos que conversar”. Na avaliação dele, será uma tarefa árdua governar o Estado em meio a uma campanha eleitoral devido às metas impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “Temos a responsabilidade de cumprirmos todas as metas, mas vou colocar meu estilo de governar”. Durante a tarde desta quarta, Silval sentou ao lado de Maggi na solenidade de posse dos sete diretores da Agecopa. (Andréa Haddad)