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Politica Brasil
Quarta - 11 de Novembro de 2009 às 12:39

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O empresário Mauro Mendes, derrotado no segundo turno de 2008 à Prefeitura de Cuiabá, está mesmo determinado a disputar o governo do Estado. Ele saiu do PR e foi para o PSB, enfrenta a ira de alguns integrantes da turma da botina, grupo mais ligado ao governador Blairo Maggi, por causa dessa decisão de mudar de agremiação, mas se mostra empolgado com resultado de pesquisas qualitativas, que detectaram junto aos eleitores se tratar de alguém com bom perfil para cargo no Poder Executivo. Se de um lado é taxado de arrogante e antipático, de outro é tido como empresário de sucesso, sério e capaz. Sua imagem não está vinculada a escândalos, é pouco conhecido no Estado e a rejeição não é das piores.

Diante disso, Mendes adiantou aos incentivadores do seu projeto político, inclusive líderes de outros partidos, como os deputados Percival Muniz (PPS) e Otaviano Pivetta (PDT) e o diretor-geral do Dnit Luiz Pagot (PR), que vai conduzir o processo. Vai propagar seu nome como espécie de terceira via. Acredita que correndo por fora, em meio à polarização das candidaturas do vice-governador Silval Barbosa (PMDB) e do prefeito da Capital Wilson Santos (PSDB), consiga marcar posição e provocar uma eleição de dois turnos, o que seria inédito na disputa da sucessão estadual. Mesmo com o instituto da reeleição, os governadores mato-grossenses ganharam no primeiro turno, como foram as duas eleições de Dante de Oliveira e de Blairo Maggi.

A leitura de Mendes é de que ele tiraria votos dos dois lados. Presidente da Federação das Indústrias (Fiemt), tem como principal base eleitoral a Grande Cuiabá e faria um confronto direto com o prefeito tucano, chamados por muitos de "terceiro turno". Também "arrancaria" aliados de Silval por causa da turma da botina, com a qual ainda se vê vinculado.

O senador Jayme Campos (DEM), que tem acordo com Santos para haver apoio ao nome que melhor pontuar nas pesquisas, também se mantém no páreo, de olho na sucessão do governador Blairo Maggi (PR). O tucanato se mostra empolgado com Santos, que figura na liderança nas pesquisas de intenção de voto. Mas as complicações administrativas no Palácio Alencastro têm trazido desgaste ao nome do prefeito, principalmente por causa das obras empacadas do PAC e do caos na saúde. A oposição o carimba como incompetente. Peemedebistas demonstram a mesma euforia com Silval Barbosa, que se torna governador a partir de 4 de abril. Com a máquina na mão, tende a crescer nas intenções de voto, mas terá de resolver uma série de "pepinos". Vai carregar também sobre os ombros o desgaste de uma gestão prestes a completar 8 anos.

É explorando pontos negativos dos nomes de Santos e Silval que Mauro Mendes deseja se projetar como candidato a governador. Torce, inclusive, pela desistência de um dos dois. No fundo, atira para todos os lados. Por enquanto, ele se vê isolado e chega a dizer publicamente que não vai concorrer ao pleito porque nem conseguiu ajustar as finanças por causa das despesas milionárias de sua campanha a prefeito no ano passado. Nos bastidores, porém, a conversa é de que vai mesmo encarar uma nova disputa eleitoral.





Fonte: RD News

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