Presidente da CPI, Sérgio conquista mais um trunfo político
Ele iniciou sua vida pública como vereador e está no segundo mandato de deputado. Foi presidente da Assembleia e governador por cinco dias. Hoje é o primeiro-secretário da Mesa Diretora. Sérgio passou pelo PMN, DEM (extinto PFL), PPS e está no PR. Usa o programa televisivo como vitrine e, assim, consegue ficar em evidência mesmo em situações políticas desfavoráveis, como foi na emblemática derrota à Prefeitura de Cuiabá em 2004, quando concorreu pelo PPS. Não conseguiu chegar ao segundo turno. No ano passado, lançou pré-candidatura a prefeito, mas foi atropelado pela turma da botina, que concorreu e perdeu com Mauro Mendes. Depois, Sérgio anunciou projeto para governador e, de novo, o grupo do governador Blairo Maggi "minou" suas pretensões. Sinalizou para cargo vitalício de conselheiro do TCE e foi "fritado". Agora, busca o terceiro mandato e consegue assumir a presidência da CPI da Saúde, outro trunfo para "roubar" a cena.
A menos de um ano das eleições, Sérgio, num fogo cruzado entre o prefeito da Capital Wilson Santos e o grupo do governador Maggi, tem a missão de conduzir as investigações para detectar as razões do caos na saúde e apontar solução. A CPI é considerada uma prévia do embate eleitoral de 2010. Os trabalhos serão transmitidos ao vivo pela TV Assembleia. Por ser o presidente, Sérgio naturalmente será espécie de porta-voz dos membros da comissão. Ele conduziu a primeira reunião que definiu os cargos dos integrantes da CPI como se tivesse apresentando programa de TV, mais preocupado com as câmaras.
Se de um lado Sérgio tem nas mãos a chance de reforçar seu nome à reeleição, o que lhe permitirá seguir sonhando com uma vaga no TCE, de outro corre risco de enterrar seu prestígio e apelo popular se não conseguir intermediar uma solução junto ao governo e à prefeitura quanto à crise da saúde. Seu futuro político depende do bom andamento dos trabalhos da CPI e da colaboração de Santos e de Maggi. (Andréa Haddad)
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